sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta


Quando o ano começou eu já sabia que ele seria de grandes mudanças logo no início. Dito e feito. Em fevereiro saí da SERT e fui para a SDECT, que significa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Comecei a pensar o quanto de oportunidades esta cidade de São Paulo têm para profissionais de comunicação. Não digo que é fácil preencher vagas ou que os todos estejam colocados no mercado de trabalho, porque na nossa área é preciso do famoso QI (quem indica), mas que é extenso, isso não há dúvidas.

Desde que eu entrei na faculdade de jornalismo, mando currículos na minha cidade, Jundiaí. Meu foco, depois que estagiei na SERT, foi sempre mandar CVs para trabalhar com assessoria de imprensa, que é algo que aprendi a fazer e gostar.

Já pesquisei, ao longo destes três anos, vários lugares onde poderia haver uma oportunidade de trabalho, ou simplesmente alguém que pegasse meu CV e me desse um retorno, qualquer que fosse. Não digo que nunca fui chamada para entrevista ou coisa do tipo, mas não aconteceu com frequência. E o problema não sou eu.

Quantas indústrias existem na região? No município mesmo tem um distrito industrial. Muitas são empresas grandes, que servem não só o Estado, mas o País e outros países, inclusive. E sabe o que eu descobri? Que as empresas que contam com uma assessoria de imprensa contrata agência em outra cidade. Falta espaço?

Jundiaí é uma cidade que está em crescimento contínuo, com grande capacidade de desenvolvimento, quase sempre é destaque positivo nas pesquisas. Há shoppings novos chegando, o SESC em construção, jornais de grande circulação e importância. Há empresas e indústrias, órgãos importantes para a cidade. Falta profissional? Esta eu respondo: não.

Esta semana pensei em quantas pessoas que eu conheço em Jundiaí que são formadas ou cursam jornalismo. São muitas! E sabe o que eu reparei? Que a grande maioria não trabalha na cidade! Falta oportunidade?

Eu adoro o que eu faço. Nestes anos aprendi muito com quem eu trabalho. Aprendi a valorizar meu passe, porque profissional bom deve procurar melhorar sempre, mas sabendo que o retorno financeiro deve se adequar ao que se faz. Sei que cresci muito profissionalmente. Trabalho com pessoas importantes, num meio importante. Sei que meu currículo é bom.

Só acho que há algo de errado nisso...