Em 2011, amigos se afastaram, outros desistiram de mim, alguns novos apareceram e outros se fortaleceram.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Mudaram as estações, nada mudou...
Em 2011, amigos se afastaram, outros desistiram de mim, alguns novos apareceram e outros se fortaleceram.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Você tem fome de quê?
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Vou dar a volta no mundo...
- Os clássicos: La Moneda, Plaza de Armas (onde tem a Catedral, o prédio do Correio e as feirinhas de domingo) - dá pra ir de metrô e descer na estação Moneda. É fácil e fizemos tudo a pé, em pleno domingo. No Palácio La Moneda tem um centro de exposições que vale a pena conferir. Quando fomos tinha a exposição de brinquedos antigos.
- Cerros de Santa Lucia e San Cristóbal - dá para fazer os 2 no mesmo dia, se tiver pique. O primeiro fica bem perto da estação de metrô Santa Lucia. Já o segundo na estação Baquedano e andamos um pouco, porém foi ótimo, pois descobrimos o Patio Bellavista, cheio de opções para lembrancinhas. Os Cerros são lindos, têm uma vista abençoada. Na época da Cordilheira dos Andes nevada, o visual é encantador e dá para tirar muitas fotos legais. Os próprios Cerros tem uma arquitetura interessante, o de Santa Lucia tem um castelo construído no alto. Já o San Cristobal precisa subir de Funicular. No meio da 'viagem' tem um zoológico, caso ache interessante parar. Queríamos também aproveitar o teleférico, porém depois do terremoto de 2010 foi impossível.
- Valle Nevado - no hotel é possível solicitar ao recepcionista que faça a reserva para conhecer a neve. Ele te dá uma lista de opções de passeios e basta você escolher qual te agrada e quando você quer ir. Pronto! Ele liga e reserva. Você só paga no final do passeio, com o guia. Para quem nunca viu a neve, vale muito a pena. É a sensação mais indescritível que já tive até hoje. Eu aproveitei para aprender a esquiar e adorei. Quem tiver a oportunidade, aconselho a ir. Os problemas: é longe e a subida tem 'apenas' 60 curvas. Cheguei lá em cima com o estômago embrulhado.Mas passa logo e vale a pena! O equipamento de esqui é muito pesado (botas, roupa, etc). Para quem não quer esquiar, há outros passeios. E para quem quiser esquiar, tenha certeza que as horas vão compensar, pois só fiquei 2h30 no esqui sendo que 2 hrs foi só de aula, ou seja, não tive tempo de me aventurar sozinha! (Porque precisei fazer meu boneco de neve em 15 minutos!)
- Vinícolas - Visitamos apenas a Concha y Toro. Fomos também com guia, porém não vale a pena financeiramente. É possível ir de metrô até uma certa estação (quem souber me avise) e depois pegar um táxi que te leva até lá por 2.000 pesos chilenos (o que dá R$ 8). Vale muito a pena visitá-la, pois o lugar é lindo, você degusta 2 tipos de vinho e no final leva uma taça de presente. Fora que os preços para comprar na loja compensam. Nos disseram que só pode levar 3 garrafas por pessoa.
- Viña del Mar e Valparaíso - são cidades litorâneas (equivale ao Guarujá dos paulistanos). A primeira é rica, bonita. A segunda é interessante pela arquitetura, já que depois de ter sido um dos pontos financeiros mais importantes do País, ficou pobre e as casas ficam uma sobre a outra (literalmente). Tem o museu La Sebastiana de Pablo Neruda. Fomos também com guia, que nos explicou tudo. Muita gente indica ir por conta própria, de ônibus, e descobrir as coisas por si mesmo. Aí vai da intenção de quem quer visitar.
- Mercado Central - Vale a pena apenas para almoçar. É como o centrão de SP... nos aconselharam a segurar a bolsa na frente do corpo. Mas foi um dos melhores almoços da viagem. Indicamos o El Galeon: a comida sai na hora, atendimento rápido e banheiro dentro do restaurante. Uma delícia! Comemos um Congrio maravilhoso e, o melhor, vem com arroz!
- Shopping Parque Arauco - fica longe... andamos muito a pé, depois de descer na estação Manquehue (o que valeu para conhecermos outros cantos da cidade). É imenso, tem duas mega lojas: Falabela e Paris. Vale a pena conhecer o que eu chamei de 'Shopping dos Bambambans"!
- Perto do nosso hotel tinha muito lugar para comer. Além dos tradicionais Mc Donalds, Doggs, KFC, Burguer King e Pizza Hut (que não recomendamos pois o atendimento foi péssimo e não conseguimos entrar nenhuma vez), frequentamos bastante o El Kika e o Mamut... vale a pena conhecer estes dois. E se der uma volta pela Providência vai encontrar muitos barzinhos e muita pizzaria que também valem a pena!
- Restaurante Giratório - é interessante você almoçar ou jantar vendo a cidade por todos os ângulos... o giro completo dura 1 hora, mas o mais importante é saber que você não sente que está rodando. É delicado e uma delícia. Vale a pena por ser uma experiência diferente! Quanto ao valor, não muda muito de um bom restaurante brasileiro. A comida é espetacular, ainda mais acompanhada de um Casillero del Diablo! É necessário fazer reserva com pelo menos 2 dias de antecedência.
- Aquí está Coco - é um restaurante todo temático, muito bonito e diferente. A comida é uma delícia e o preço é um pouco mais em conta que o de cima. Vale conhecer o porão, onde tem um lounge e umas mesinhas de bar... Super interessante e é preciso fazer reserva com antecedência.
- Ficamos no RQ Suites Providencia - ótima localização, os funcionários nos atenderem muito bem, nos deram guias e nos orientaram. Fica perto de duas estações do metrô, tem mercado e shopping bem perto, a loja Paris (tem de tudo) gigante também próximo, uma conveniência 24 horas, restaurantes de todos os tipos na redondeza. Os quartos são bem arrumados e confortáveis. É um flat, então você pode preparar suas refeições lá mesmo. Não há um restaurante, portanto no dia anterior eles levam a bandeja com frutas, leite, nescafé, suco, pão de forma, manteiga, geléia para que você prepare da sua maneira. É interessante pois você não fica preso a horários, mas para algumas pessoas isso não é tão legal. Mas pelo preço acessível e pelo conforto e localização, vale bastante a pena.
- Caso você queira algum outro tipo de hotel, recomendamos procurá-lo no bairro Providencia, que é ótimo e tem de tudo.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
There goes my hero He's ordinary
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Será que temos esse tempo pra perder?
Paciência - Lenine
Composição : Lenine e Dudu Falcão
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração
Um dia me disseram que quando começamos a relembrar certos fatos em décadas é sinal de que estamos envelhecendo. Fato. Quando ouvi isso, já começava a calcular pelo menos uma década de algumas memórias.
Era sábado e eu tinha o apartamento todo para mim. O marido estava fazendo um belo curso de cerveja – sim! História e degustação das cervejas mundiais – e eu uma bela faxina no meu apartamento, com direito a tentativas frustradas de passar roupas. Não almocei. Quem vê graça em almoçar sozinho? Não eu! Resolvi deitar e dormir por alguns minutinhos. Talvez umas duas horinhas com direito a acordar de tempos em tempos, com medo de perder hora. Levantei, tomei banho e comecei a organizar a mesa.
Ao colocar cada pratinho com torradas, petit fours e coockies na mesa me lembrava de quantas lembranças eu guardava na memória, mas, ainda mais, no coração. Era um misto de saudosismo com saudades – se é que isso é possível. Mas aqui fazia sentido.
Tocou o interfone.
Não me lembro exatamente quando conheci a Mayce. Mas me lembro o quanto ela não gostava de mim na primeira série. Facilmente posso me lembrar da amizade intensa que se iniciou na segunda série, quando eu não parecia mais ser uma ameaça. Faz tempo. Exatos 21 anos. Duas décadas.
Toca o interfone novamente.
Já a Mariana me lembro exatamente quando nos apresentaram. Era sua formatura da curso de farmácia, em 2007. Não faz tempo, eu sei. Acho que não nos conhecemos antes por brincadeirinhas do destino. Nossas vidas quase se cruzaram por várias vezes, mas talvez nenhuma delas era o momento certo. Ela era amiga do meu marido. Era. Agora é minha. Minha amiga, minha madrinha. No civil e no religioso, só pra ficar melhor!
Toca o interfone pela última vez.
Fazia muito tempo que não a via. A última vez me deixou com lágrimas nos olhos. Levei meu convite de casamento com a certeza de que ela não estaria comigo nesse dia tão importante. “Mas o convite eu vou levar mesmo assim”. A Cláudia, puxando bem lá do baú da minha cachola, consigo me lembrar de sua apresentação na sala nova, onde todos já eram bem amigos e conhecidos. Era 1993 e não éramos amigas. Só nos aproximamos cinco anos depois. E talvez fosse o nosso momento. Éramos só nós duas e, quando a ‘perdi’, fiquei órfã de amiga.
Observando as conversas, percebi o quanto somos as mesmas um tanto diferente. Passou a infância das brincadeirinhas, passou a pré-adolescência e a adolescência cheia de confidências, passou a fase de transformação de menina para mulher. Somos mulheres agora. Adultas. Os papos não são mais homens, mas empregos, cursos, terapias e famílias.
Nenhum assunto começava diferente de “lembra daquela vez”, ou “como está aquela pessoa?”. Falamos de passado, mais ainda de presente. Muito pouco de futuro. Era importante saber como cada uma estava. Mais importante ainda era saber que elas estavam. Ali comigo. Mais uma vez. Vinte anos depois. E a mesa foi esvaziando e a casa também. Sobrou a Mari, minha mais nova amiga de infância.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Se ele dança, ela dança
Se ele dança, ela dança
Ana Cecília Panizza
Em 27 primaveras, nunca vi meu pai dançar. As exceções foram em ocasiões mais formais, como formaturas. Mas se mexer numa pista de dança? Negativo. A consequência disso era que minha mãe, ávida por diversão e por dançar, acompanhava o marido e permanecia durante horas numa mesa, enquanto os casais que com eles convivem desde o colegial - hoje ensino médio – requebravam nas pistas de dança de casamentos e afins. “Pelo menos espere cortar o bolo”, ela o repreendia.
Não sei se foram os ares do sul. Numa festa de casamento em Londrina fez-se o milagre. Era mais um evento social, entre tantos outros, com a presença desse animado grupo de amigos de meus pais. Os “adultos” estavam numa mesa perto do palco e, no lado oposto do salão, os “jovens” ou as “crianças” – é assim que distinguimos os casais e seus filhos, com os quais convivo praticamente desde que vim ao mundo.
A festa estava começando com uma empolgante sessão de flash back. Os convidados – especialmente aqueles com mais de 40, 50 anos – estavam se acabando (no bom sentido!) na pista de dança. Sentada descansando os pés, prevendo que eu dançaria até quase de manhã, e dando início a um semiporre de espumante, eu o avistei. Compondo a rodinha formada pelos casais dançando, estava ele. Balançando o esqueleto. Minha irmã já estava lá – imagino que ela também precisava e queria ver isso de perto. Não resisti e nem hesitei: atravessei a pista e me juntei a eles.
Fui discreta com minha presença e meu olhar, para que ele não ficasse travado, tímido. Minha mãe informou: “O Costa já tirou foto dele dançando”. Ao som de Abba e outros clássicos, ele se mexeu. E dançou. E relaxou. E foi feliz. Ela, idem. Minha mãe pôde fazer parte daquilo, divertir-se. Com o esposo ao lado, ela se soltou. Assistindo a tudo isso e com mais e mais Salton na cabeça, eu mentalizava as linhas deste texto.
Findos os clássicos, foi a vez de Ivete Sangalo, com direito a videoclipe no telão. “Ele não vai encarar e vai voltar pra mesa”. Para minha surpresa, ele ficou. Observou as imagens e deu umas requebradas discretas. Durante os hits internacionais da moda, ele permaneceu. Olhos fixos na tela e se mexendo bem menos, ele ficou.
Engenheiro eletrônico, diácono da Igreja Católica e filósofo, ele é dono de uma intelectualidade interessante e intrigante, uma disciplina quase militar e um apreço acima da média pelos estudos. Que felicidade se eu tivesse herdado, na íntegra, todas essas características, com essa intensidade. Felicidade sentiu minha mãe, ao ver que o companheiro desde a adolescência, primeiro e único homem, relaxou.