segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mudaram as estações, nada mudou...



Torci muito pra este ano acabar logo. E agora ele está aí, quase chegando ao fim. 

Em 2011, amigos se afastaram, outros desistiram de mim, alguns novos apareceram e outros se fortaleceram. 

Percebi que pra algumas pessoas sou apenas 'útil', pra outras sou extremamente importante.

Senti falta de ligações que seriam especiais no meu aniversário, mas me senti especial por pessoas que sequer sabiam muito sobre mim.


Houve boas novas, mas também existiram as más...

Me fizeram sentir muito mal... mas soube dar a volta por cima e me fazer bem...

Me senti esquecida e, ao mesmo tempo, muito querida!

Eu aprendi muito... aprendi sobre mim, sobre as pessoas, sobre amizades, sobre família, sobre a vida.

Aprendi que sou humana, com acertos e muitos erros... muitos erros mesmo, na tentativa de, numa próxima, acertar.

Quero carregar este ano como um aprendizado, para que ele não se repita. Quero que seja apenas para eu lembrar "como vivi" e como "preciso viver".

Pensar muito mais em mim e esquecer que eu vivi pros outros. 

Hoje eu sou mais eu e aprendi a dançar conforme a música. E que se dane quem não goste do ritmo!!!!!!!!!!

Que venha 2012 cheio de coisas boas, deixando 2011 pra trás, bem guardado...


terça-feira, 11 de outubro de 2011

Você tem fome de quê?

Pra quê?!

É com esta frase que dou início a este post.

Para que serve uma assessoria de imprensa? Nas grandes capitais, o profissional de comunicação empresarial tem sido bastante requisitado, ainda mais agora com o BOOM das Mídias Sociais. As agências e as empresas buscam por pessoas com conhecimento jornalístico (e com um pézinho no marketing) para divulgar sua marca e fazê-la conhecida - e reconhecida - não só com uma boa propaganda e, sim, como fonte interessante para alguma notícia relevante. 

Ou seja, sua marca rende uma pauta!!! 

Quer coisa mais maravilhosa que isso? Você não precisou pagar, ela simplesmente tem algo tão atrativo que vale a pena ser fonte de matéria.

Aí zanzando pela internet, encontramos algo do tipo:

"Mulher maca faz uma dedicatoria a Esteve jobs presidente da apple falecido.
Gracy Kelly a mulher maca se sentiu tocada com a morte de Esteve Jobs. Ela acredita que boa parte de seu sucesso nacional e principalmente internacional tem haver com o simbolo da apple que vem a ser uma maca . No ano em que comecou a aparecer na midia como a mulher maca por coincidencia foi o mesmo da ascencao da empresa americana. Mesmo nunca tendo conhecido esse genio inventor de grandes modernidades ela se sente profundamente agradecida pelo maca vir a ser o simbolo da empresa que vem a ser seu apelido desde adolescente. Ela promete fazer uma nova tatuagem com o simbolo da apple para eternizar o seu agradecimento." (via Blog Te Dou um Dado)



O valor de uma assessoria vai por água abaixo quando nos deparamos com situações como essa, que destrói algo que ainda está em construção. 

Digo que está nessa fase, pois é perceptível a resistência de alguns grandes empreendedores entenderem que, para uma boa ação de comunicação, é prioritário que você tenha um profissional que gosta, entenda e saiba o que é necessário para campanha.

Interior então, nem se fala!

Todos sabem da minha luta por uma colocação no mercado de trabalho em Jundiaí. Vamos combinar que a cidade (e a região!) está crescendo, tem um puta potencial elevado, sendo área de instalação de grandes empresas/indústrias e, por incrível que pareça, não entendem a importância de um setor de comunicação, não acham relevante uma função como esta e, por isso, pagam muito abaixo do valor de mercado ou, PIOR, contratam agências de fora - digo capital - para prestar o serviço.

Espero que cada vez mais o profissional de comunicação seja valorizado, respeitado e, principalmente, E X I G I D O no quadro de funcionários. Ele está preparado e é a melhor ponte para estabelecer o contato empresa-imprensa-empresa-cliente-empresa. 




quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vou dar a volta no mundo...

Minhas férias foram marcadas por um grande acontecimento: minha primeira viagem internacional! Sim, muita expectativa. Não, não fui nem pra Europa, nem pra Disney. 

Meu destino foi o Chile. Nunca imaginei ir pra esse País, afinal... quem ouve falar em Espanha, Paris, Orlando ou até Argentina, vai querer ver o que no Chile?

NEVE! Fui conhecer a neve. Não gosto do frio, se me perguntasse iria correndo (ou melhor, voando) para o Nordeste, ficar torrando num resort all inclusive. Mas desta vez queria algo diferente, conhecer outra cultura, outra língua, outro lugar.

O Chile é lindo, Santiago é uma das cidades mais bem cuidadas que eu vi - pelo menos por onde passei. Tudo é florido, as pessoas foram educadas. Mas tinha muito, muito mesmo, brasileiros! É a nova Buenos Aires brasuca.

Para quem estiver afim de conhecer um pouco, vou colocar aqui algumas dicas das coisas que fiz, do que recomendo e do que não recomendo também. Quem tiver dicas, peço que publiquem nos comentários, para que façamos deste post um belo guia de indicações!

Agora que viciei, espero postar muitas dicas por aqui! Me ajudem!

Passeios


  • Os clássicos: La Moneda, Plaza de Armas (onde tem a Catedral, o prédio do Correio e as feirinhas de domingo) - dá pra ir de metrô e descer na estação Moneda. É fácil e fizemos tudo a pé, em pleno domingo. No Palácio La Moneda tem um centro de exposições que vale a pena conferir. Quando fomos tinha a exposição de brinquedos antigos.                      
  • Cerros de Santa Lucia e San Cristóbal - dá para fazer os 2 no mesmo dia, se tiver pique. O primeiro fica bem perto da estação de metrô Santa Lucia. Já o segundo na estação Baquedano e andamos um pouco, porém foi ótimo, pois descobrimos o Patio Bellavista, cheio de opções para lembrancinhas. Os Cerros são lindos, têm uma vista abençoada. Na época da Cordilheira dos Andes nevada, o visual é encantador e dá para tirar muitas fotos legais. Os próprios Cerros tem uma arquitetura interessante, o de Santa Lucia tem um castelo construído no alto. Já o San Cristobal precisa subir de Funicular. No meio da 'viagem' tem um zoológico, caso ache interessante parar. Queríamos também aproveitar o teleférico, porém depois do terremoto de 2010 foi impossível. 
  • Valle Nevado - no hotel é possível solicitar ao recepcionista que faça a reserva para conhecer a neve. Ele te dá uma lista de opções de passeios e basta você escolher qual te agrada e quando você quer ir. Pronto! Ele liga e reserva. Você só paga no final do passeio, com o guia. Para quem nunca viu a neve, vale muito a pena. É a sensação mais indescritível que já tive até hoje. Eu aproveitei para aprender a esquiar e adorei. Quem tiver a oportunidade, aconselho a ir. Os problemas:  é longe e a subida tem 'apenas' 60 curvas. Cheguei lá em cima com o estômago embrulhado.Mas passa logo e vale a pena! O equipamento de esqui é muito pesado (botas, roupa, etc). Para quem não quer esquiar, há outros passeios. E para quem quiser esquiar, tenha certeza que as horas vão compensar, pois só fiquei 2h30 no esqui sendo que 2 hrs foi só de aula, ou seja, não tive tempo de me aventurar sozinha! (Porque precisei fazer meu boneco de neve em 15 minutos!)
  • Vinícolas - Visitamos apenas a Concha y Toro. Fomos também com guia, porém não vale a pena financeiramente. É possível ir de metrô até uma certa estação (quem souber me avise) e depois pegar um táxi que te leva até lá por 2.000 pesos chilenos (o que dá R$ 8). Vale muito a pena visitá-la, pois o lugar é lindo, você degusta 2 tipos de vinho e no final leva uma taça de presente. Fora que os preços para comprar na loja compensam. Nos disseram que só pode levar 3 garrafas por pessoa.
  • Viña del Mar e Valparaíso - são cidades litorâneas (equivale ao Guarujá dos paulistanos). A primeira é rica, bonita. A segunda é interessante pela arquitetura, já que depois de ter sido um dos pontos financeiros mais importantes do País, ficou pobre e as casas ficam uma sobre a outra (literalmente). Tem o museu La Sebastiana de Pablo Neruda. Fomos também com guia, que nos explicou tudo. Muita gente indica ir por conta própria, de ônibus, e descobrir as coisas por si mesmo. Aí vai da intenção de quem quer visitar.
  • Mercado Central - Vale a pena apenas para almoçar. É como o centrão de SP... nos aconselharam a segurar a bolsa na frente do corpo. Mas foi um dos melhores almoços da viagem. Indicamos o El Galeon: a comida sai na hora, atendimento rápido e banheiro dentro do restaurante. Uma delícia! Comemos um Congrio maravilhoso e, o melhor, vem com arroz!
  • Shopping Parque Arauco - fica longe... andamos muito a pé, depois de descer na estação Manquehue (o que valeu para conhecermos outros cantos da cidade). É imenso, tem duas mega lojas: Falabela e Paris. Vale a pena conhecer o que eu chamei de 'Shopping dos Bambambans"!

Restaurantes
  • Perto do nosso hotel tinha muito lugar para comer. Além dos tradicionais Mc Donalds, Doggs, KFC, Burguer King e Pizza Hut (que não recomendamos pois o atendimento foi péssimo e não conseguimos entrar nenhuma vez), frequentamos bastante o El Kika e o Mamut... vale a pena conhecer estes dois. E se der uma volta pela Providência vai encontrar muitos barzinhos e muita pizzaria que também valem a pena!
  • Restaurante Giratório - é interessante você almoçar ou jantar vendo a cidade por todos os ângulos... o giro completo dura 1 hora, mas o mais importante é saber que você não sente que está rodando. É delicado e uma delícia. Vale a pena por ser uma experiência diferente! Quanto ao valor, não muda muito de um bom restaurante brasileiro. A comida é espetacular, ainda mais acompanhada de um Casillero del Diablo! É necessário fazer reserva com pelo menos 2 dias de antecedência.
  • Aquí está Coco - é um restaurante todo temático, muito bonito e diferente. A comida é uma delícia e o preço é um pouco mais em conta que o de cima. Vale conhecer o porão, onde tem um lounge e umas mesinhas de bar... Super interessante e é preciso fazer reserva com antecedência.




Hotel

  • Ficamos no RQ Suites Providencia - ótima localização, os funcionários nos atenderem muito bem, nos deram guias e nos orientaram. Fica perto de duas estações do metrô, tem mercado e shopping bem perto, a loja Paris (tem de tudo) gigante também próximo, uma conveniência 24 horas, restaurantes de todos os tipos na redondeza. Os quartos são bem arrumados e confortáveis. É um flat, então você pode preparar suas refeições lá mesmo. Não há um restaurante, portanto no dia anterior eles levam a bandeja com frutas, leite, nescafé, suco, pão de forma, manteiga, geléia para que você prepare da sua maneira. É interessante pois você não fica preso a horários, mas para algumas pessoas isso não é tão legal. Mas pelo preço acessível e pelo conforto e localização, vale bastante a pena. 
  • Caso você queira algum outro tipo de hotel, recomendamos procurá-lo no bairro Providencia, que é ótimo e tem de tudo.
Obs. os funcionários do hotel fazem as reservas de passeios e restaurantes que você solicitar. Não cobraram nenhuma taxa para isso.


Deixem seus comentários e suas opiniões e sugestões!




sexta-feira, 17 de junho de 2011

There goes my hero He's ordinary



Por ser formada em duas faculdades, tive dupla chance de fazer um TCC notável. E consegui!

Na primeira oportunidade, em Rádio e TV, meu grupo criou um jogo em DVD para o público infantil. Foi algo inovador e inteligente para a ocasião que, infelizmente, não levamos adiante, por mais elogios e méritos que tenhamos levado naquele dia da apresentação.

Já em Jornalismo a ideia foi um radiodocumentário sobre o incêndio do Edifício Joelma, fugindo, porém, da mesmice e do clichê de transformar um programa bem interessante em algo do tipo 'sombrio e assustador'. Tiramos o foco dos possíveis fantasmas - deixamos eles descansarem em paz - e fomos buscar os heróis daquele lugar.

A parte mais difícil na conclusão desse projeto foi no conteúdo teórico. Definir heroísmo nos perturbou por muitos meses. O conceito do herói não é simples assim de se explicar, mas depois de muito esforço conseguimos chegar ao ponto que queríamos.

Entrevistamos bombeiros, policiais, sobreviventes e uma voluntária que se dispôs a colaborar no fatídico dia. Aproveitamos para tirar dúvidas com um psicólogo, para que ele pudesse fazer entender o que se passa na cabeça de cada um nessas situações.

As histórias são impressionantes. A cada cena descrita tentávamos recriar em nossas mentes todo o filme. Acertamos em cheio ao escolhermos apenas o áudio, trabalhamos com a imaginação e não com o cenário pronto.

Para quem tem curiosidade de saber como ficou, segue nosso programa dividido em três partes. Definam quem foi o verdadeiro herói dessa história na opinião de vocês. Nós já tiramos nossas conclusões.

Trabalho de Conclusão de Curso - Jornalismo - Anhembi Morumbi
Produzido por: Lívia Haddad, Leonardo Mesquita, Fabiana Rolfini e Stephanie Borchardt.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência


E ela está lá.

Todos já partiram, tomaram seus rumos, seguiram seus caminhos. Clichês. E ela está lá. Esperando e esperando. Ansiosa e já sem gosto. As horas não voam como antes. Seguem como se os minutos demorassem horas a passar. Os dedos tocam na mesa em uníssono, inquietos.

Ela se sente deixada de lado. Ela finge acreditar nas desculpas. Por dentro a raiva que fervia seu corpo esfria vagarosamente. Por fora as lágrimas insistem em correr no rosto, como forma de protesto. A respiração é lenta e intensa, como se contasse até dez para recomeçar. Não demonstra o que já sentiu.

Nunca sentiu ingratidão.

O olhar não é mais o mesmo. Agora se vê olhos tristes, mas esperançosos, diferente daquele sombrio e interrogativo de uns tempos atrás. Os movimentos impulsivos deram lugar a calmaria e ao raciocínio. No mínimo é uma tentativa. Basta.

A espera já não a incomoda mais. E nem deve. Não se permite. A tristeza não está mais escancarada. Eu disse que não está escancarada, não que ela não existe. Mas é fato que diminuiu. Passou a acreditar que a fé e a vontade devem ser bem maiores que qualquer coisa. Por isso tem mais força.

Ela simplesmente aprende, observa cada imagem e absorve o que vai lhe ser útil. Ela aprende com os acertos e com os erros. E ela aprende com os erros alheios. Não quer fazer igual. Ela tenta se concentrar. A alegria deu uma pausa. Mas ela não abaixa a cabeça. Ela segue firme, acreditando em energias boas, sentindo uma esperança que arrebata e domina. Ela vai conseguir. Ela luta e vai conseguir!




quinta-feira, 5 de maio de 2011

Será que temos esse tempo pra perder?

Paciência é uma virtude?

Nossa 'obrigação' de sermos pacientes as vezes me tira do sério - L I T E R A L M E N T E. Tudo tem limite, inclusive a quantidade de vezes que você para, respira, conta até 10, 100, 1000. Mas tem horas, ou melhor, tem situações que ultrapassam qualquer extremo. E aí você chora, xinga, briga, faz escândalo, cada um a seu modo.

Esse ponto chave que limita sua tentativa de se manter calma com a explosão de perdê-la varia de pessoa para pessoa, mas sabemos que, na maioria delas, esse ponto quase não existe.

Uma fechada no trânsito, um pedido inconcebível, uma ordem mal dada, um pensamento diferente, uma pessoa mal humorada, uma discussão sem motivo, uma tentativa frustrada. Tudo é desculpa para perder a cabeça.

Agora, como mulher que sou, tenho que abrir o jogo e afirmar: a TPM tira qualquer mulher do limite. Não é fácil, é incontrolável. Queria que os homens entendessem.

Eu estou numa guerra pessoal. Sim... comigo mesma. Estou numa busca desesperada por algo que não chega. Eu sinto que uma hora vai acontecer, mas enquanto não acontece, fico na expectativa, bolando mil planos, pensando mil coisas. Mas vai dar certo. Tem que dar, oras! E a paciência? Este é um problema. Chega uma hora que, depois de tantas tentativas, você acaba murchando.

É por isso que nessas horas precisamos buscar forças para levantar a cabeça e continuar na luta. É por isso que vim desabafar um pouco pra reiniciar minhas buscas.

"Bóra lá!"

Paciência - Lenine

Composição : Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede

Um pouco mais de calma

Até quando o corpo pede

Um pouco mais de alma

A vida não para...

Enquanto o tempo

Acelera e pede pressa

Eu me recuso faço hora

Vou na valsa

A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo

Espera a cura do mal

E a loucura finge

Que isso tudo é normal

Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando

Cada vez mais veloz

A gente espera do mundo

E o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo

Que lhe falta para perceber?

Será que temos esse tempo

Para perder?

E quem quer saber?

A vida é tão rara

Tão rara...


sexta-feira, 1 de abril de 2011

Não adianta olhar pro céu com muita fé e pouca luta


Quando o ano começou eu já sabia que ele seria de grandes mudanças logo no início. Dito e feito. Em fevereiro saí da SERT e fui para a SDECT, que significa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.

Comecei a pensar o quanto de oportunidades esta cidade de São Paulo têm para profissionais de comunicação. Não digo que é fácil preencher vagas ou que os todos estejam colocados no mercado de trabalho, porque na nossa área é preciso do famoso QI (quem indica), mas que é extenso, isso não há dúvidas.

Desde que eu entrei na faculdade de jornalismo, mando currículos na minha cidade, Jundiaí. Meu foco, depois que estagiei na SERT, foi sempre mandar CVs para trabalhar com assessoria de imprensa, que é algo que aprendi a fazer e gostar.

Já pesquisei, ao longo destes três anos, vários lugares onde poderia haver uma oportunidade de trabalho, ou simplesmente alguém que pegasse meu CV e me desse um retorno, qualquer que fosse. Não digo que nunca fui chamada para entrevista ou coisa do tipo, mas não aconteceu com frequência. E o problema não sou eu.

Quantas indústrias existem na região? No município mesmo tem um distrito industrial. Muitas são empresas grandes, que servem não só o Estado, mas o País e outros países, inclusive. E sabe o que eu descobri? Que as empresas que contam com uma assessoria de imprensa contrata agência em outra cidade. Falta espaço?

Jundiaí é uma cidade que está em crescimento contínuo, com grande capacidade de desenvolvimento, quase sempre é destaque positivo nas pesquisas. Há shoppings novos chegando, o SESC em construção, jornais de grande circulação e importância. Há empresas e indústrias, órgãos importantes para a cidade. Falta profissional? Esta eu respondo: não.

Esta semana pensei em quantas pessoas que eu conheço em Jundiaí que são formadas ou cursam jornalismo. São muitas! E sabe o que eu reparei? Que a grande maioria não trabalha na cidade! Falta oportunidade?

Eu adoro o que eu faço. Nestes anos aprendi muito com quem eu trabalho. Aprendi a valorizar meu passe, porque profissional bom deve procurar melhorar sempre, mas sabendo que o retorno financeiro deve se adequar ao que se faz. Sei que cresci muito profissionalmente. Trabalho com pessoas importantes, num meio importante. Sei que meu currículo é bom.

Só acho que há algo de errado nisso...


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração


Um dia me disseram que quando começamos a relembrar certos fatos em décadas é sinal de que estamos envelhecendo. Fato. Quando ouvi isso, já começava a calcular pelo menos uma década de algumas memórias.


Era sábado e eu tinha o apartamento todo para mim. O marido estava fazendo um belo curso de cerveja – sim! História e degustação das cervejas mundiais – e eu uma bela faxina no meu apartamento, com direito a tentativas frustradas de passar roupas. Não almocei. Quem vê graça em almoçar sozinho? Não eu! Resolvi deitar e dormir por alguns minutinhos. Talvez umas duas horinhas com direito a acordar de tempos em tempos, com medo de perder hora. Levantei, tomei banho e comecei a organizar a mesa.


Ao colocar cada pratinho com torradas, petit fours e coockies na mesa me lembrava de quantas lembranças eu guardava na memória, mas, ainda mais, no coração. Era um misto de saudosismo com saudades – se é que isso é possível. Mas aqui fazia sentido.


Tocou o interfone.


Não me lembro exatamente quando conheci a Mayce. Mas me lembro o quanto ela não gostava de mim na primeira série. Facilmente posso me lembrar da amizade intensa que se iniciou na segunda série, quando eu não parecia mais ser uma ameaça. Faz tempo. Exatos 21 anos. Duas décadas.


Toca o interfone novamente.


Já a Mariana me lembro exatamente quando nos apresentaram. Era sua formatura da curso de farmácia, em 2007. Não faz tempo, eu sei. Acho que não nos conhecemos antes por brincadeirinhas do destino. Nossas vidas quase se cruzaram por várias vezes, mas talvez nenhuma delas era o momento certo. Ela era amiga do meu marido. Era. Agora é minha. Minha amiga, minha madrinha. No civil e no religioso, só pra ficar melhor!


Toca o interfone pela última vez.


Fazia muito tempo que não a via. A última vez me deixou com lágrimas nos olhos. Levei meu convite de casamento com a certeza de que ela não estaria comigo nesse dia tão importante. “Mas o convite eu vou levar mesmo assim”. A Cláudia, puxando bem lá do baú da minha cachola, consigo me lembrar de sua apresentação na sala nova, onde todos já eram bem amigos e conhecidos. Era 1993 e não éramos amigas. Só nos aproximamos cinco anos depois. E talvez fosse o nosso momento. Éramos só nós duas e, quando a ‘perdi’, fiquei órfã de amiga.


Observando as conversas, percebi o quanto somos as mesmas um tanto diferente. Passou a infância das brincadeirinhas, passou a pré-adolescência e a adolescência cheia de confidências, passou a fase de transformação de menina para mulher. Somos mulheres agora. Adultas. Os papos não são mais homens, mas empregos, cursos, terapias e famílias.


Nenhum assunto começava diferente de “lembra daquela vez”, ou “como está aquela pessoa?”. Falamos de passado, mais ainda de presente. Muito pouco de futuro. Era importante saber como cada uma estava. Mais importante ainda era saber que elas estavam. Ali comigo. Mais uma vez. Vinte anos depois. E a mesa foi esvaziando e a casa também. Sobrou a Mari, minha mais nova amiga de infância.



Eu, Mari, Mayce e Cláudia: Amizade é algo inexplicável!



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Se ele dança, ela dança


Minha grande amiga Ciça decidiu que era hora de escrever uma crônica e pediu meu blog emprestado para postagem. Fico aqui na ânsia por um blog só dela, com textos tão emocionantes quanto este que segue.

Aproveitem!


Se ele dança, ela dança

Ana Cecília Panizza

Em 27 primaveras, nunca vi meu pai dançar. As exceções foram em ocasiões mais formais, como formaturas. Mas se mexer numa pista de dança? Negativo. A consequência disso era que minha mãe, ávida por diversão e por dançar, acompanhava o marido e permanecia durante horas numa mesa, enquanto os casais que com eles convivem desde o colegial - hoje ensino médio – requebravam nas pistas de dança de casamentos e afins. “Pelo menos espere cortar o bolo”, ela o repreendia.

Não sei se foram os ares do sul. Numa festa de casamento em Londrina fez-se o milagre. Era mais um evento social, entre tantos outros, com a presença desse animado grupo de amigos de meus pais. Os “adultos” estavam numa mesa perto do palco e, no lado oposto do salão, os “jovens” ou as “crianças” – é assim que distinguimos os casais e seus filhos, com os quais convivo praticamente desde que vim ao mundo.

A festa estava começando com uma empolgante sessão de flash back. Os convidados – especialmente aqueles com mais de 40, 50 anos – estavam se acabando (no bom sentido!) na pista de dança. Sentada descansando os pés, prevendo que eu dançaria até quase de manhã, e dando início a um semiporre de espumante, eu o avistei. Compondo a rodinha formada pelos casais dançando, estava ele. Balançando o esqueleto. Minha irmã já estava lá – imagino que ela também precisava e queria ver isso de perto. Não resisti e nem hesitei: atravessei a pista e me juntei a eles.

Fui discreta com minha presença e meu olhar, para que ele não ficasse travado, tímido. Minha mãe informou: “O Costa já tirou foto dele dançando”. Ao som de Abba e outros clássicos, ele se mexeu. E dançou. E relaxou. E foi feliz. Ela, idem. Minha mãe pôde fazer parte daquilo, divertir-se. Com o esposo ao lado, ela se soltou. Assistindo a tudo isso e com mais e mais Salton na cabeça, eu mentalizava as linhas deste texto.

Findos os clássicos, foi a vez de Ivete Sangalo, com direito a videoclipe no telão. “Ele não vai encarar e vai voltar pra mesa”. Para minha surpresa, ele ficou. Observou as imagens e deu umas requebradas discretas. Durante os hits internacionais da moda, ele permaneceu. Olhos fixos na tela e se mexendo bem menos, ele ficou.

Engenheiro eletrônico, diácono da Igreja Católica e filósofo, ele é dono de uma intelectualidade interessante e intrigante, uma disciplina quase militar e um apreço acima da média pelos estudos. Que felicidade se eu tivesse herdado, na íntegra, todas essas características, com essa intensidade. Felicidade sentiu minha mãe, ao ver que o companheiro desde a adolescência, primeiro e único homem, relaxou.