Não trate como brincadeira o que se trata como doença!
Ontem o Fantástico exibiu mais um episódio do quadro "Males da Alma", com o Dr. Drauzio Varella. No episódio, o tema que eu mais queria ver: pessoas que sofrem do Transtorno Obsessivo-Compulsivo, o TOC.
Nós não temos noção da gravidade da situação até nos depararmos com ela. Meu marido tem TOC e eu percebo que, assim como eu não o entendia, muitas pessoas não compreendem e, pior ainda, não respeitam. Talvez por não considerar uma doença.
Eu sempre achava que essas 'manias' eram cansativas, chatas e não faziam o menor sentido. Eram apenas 'frescurites' de quem vivia arrumando tudo, limpando tudo, colecionando tudo.
Mas o TOC é uma doença que exige muito de quem a carrega, mas também exige esforço de quem está do lado.
Em 2004 o cantor Roberto Carlos declarou ao mesmo programa, quando perguntado sobre as manias que o atrapalhavam:
"Não é bem assim! Não são só manias. É a questão do TOC, o Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Não se trata de se livrar dessa ou daquela mania, mas de tratar o problema como um todo. Determinadas coisas me angustiam hoje menos do que antes. Exemplo: o fato de você estar de preto não está me incomodando. Antes, eu poderia ficar um pouco incomodado."Ver este episódio de ontem me fez perceber que não estamos sozinhos e que eu preciso ajudar e preciso muito ser ajudada.
É necessária a compreensão não só de quem convive junto, mas também dos amigos, de toda a família, dos colegas de trabalho. É preciso entender, respeitar e saber lidar da melhor forma possível.
Meu marido faz a parte dele, buscando ajuda profissional desde antes de eu o conhecê-lo. Segundo ele já houve uma boa melhora e eu mesma tenho sentido isso. Ele se trata para tentar ter uma convivência tranquila comigo mas, principalmente, com ele mesmo.
Não é fácil, mas é necessário ter paciência, muito amor e mostrar que o melhor caminho é o tratamento médico.
TOC é coisa séria!
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