segunda-feira, 30 de maio de 2016

Eu não queria ser mãe, por Monise Radau

A Monise não queria ser mãe. Desde a primeira vez que eu conversei com ela e citei minha rotina com a Bia, ela e seu marido já me afirmavam que ter filhos não estava nos planos.

Pois nessa mesma época, mal sabiam, já estavam grávidos! Como ela reagiu diante desse novo e inesperado fato?!? Leia o depoimento e descubra que amor de mãe supera tudo!


Eu não queria ser mãe
Por Monise Radau



Meu nome é Monise, tenho 33 anos e sou mãe da Laís, de 1 ano e 4 meses.

Há pouco mais de dois anos, no almoço de Dia das Mães, me lembro de dizer para a família que não, eu não teria filhos. Estava decidido. Em quase sete anos de casamento (na época), a gente adiava esse momento sempre. Adiava, adiava… E, por fim, havíamos decidido que não falaríamos mais nisso. Não cabia um filho na minha vida naquele momento, eu não estava preparada. Ou pelo menos achava que não. O que eu não sabia é que a gente não tem poder sobre tudo – ainda bem! Naquele momento, eu já estava grávida. Bem no início da gestação da minha Laís.

Foi um grande susto, confesso. Demorou para cair a ficha. Precisei de dois testes de farmácia, um exame de sangue e a palavra da ginecologista para acreditar que eu estava realmente grávida. As semanas iniciais foram de aceitação, de me acostumar com a ideia de que eu já era mãe. E a gravidez veio num momento bem tumultuado da minha vida, então as coisas meio que se misturaram. Não vou dizer que foi fácil.

Mas à medida que a barriga crescia, brotava e crescia junto um amor diferente, difícil de traduzir. E, aos poucos, fui me percebendo apaixonada por aquele bebezinho. Orgulhosa da minha barriga. Quando soube que era menina, chorei. E mergulhei de cabeça num mundo cor-de-rosa, me preparando com todo o carinho para a chegada da minha pequena.

Eu nem me lembrava mais que já havia dito que não pretendia ter filhos. Aquele amor louco crescia a cada dia mais e enchia meu coração, fazendo qualquer problema parecer pequeno. Eu já fazia tudo por ela, para ela. Naquele momento, já me sentia mãe. Ainda tinha medo de não dar conta do recado, mas tinha certeza de que faria o meu melhor e um pouco mais, se fosse preciso.

Quando ela nasceu…Ah… Aí os olhos encheram de lágrimas, a voz quase não saia. Só de lembrar, me emociono. Naquele momento não tinha dúvidas de que estava vivendo o melhor papel da minha vida, o de mãe da Laís. Os dias foram passando e o amor foi crescendo ainda mais. Quando você pensa que não é possível ter mais amor, ele duplica, quadriplica. Não, não é exagero. Mas é realmente impossível de explicar.

Eu sempre olho para minha filha, para aquele sorriso largo, lindo, e pergunto: “Laís, como eu vivi tanto tempo sem você?”.

E aqui estou eu, mãe da Laís. E minha vida não poderia estar mais completa. Ver e viver suas descobertas, seus sorrisos, suas conquistas... isso não tem preço! Por mais clichê que pareça. Claro que realmente não é fácil. Mas quem se lembra disso quando aquela coisinha pequena vem com a mãozinha melada fazer um carinho no seu rosto e pede um beijo?

Eu acredito que a mulher não nasce pronta para ser mãe, essa ainda é a minha percepção. Mas você se torna mãe assim que o amor começa a crescer dentro do peito. Assim, sem aviso, sem preparações, sem teorias. Mãe. E, no meu caso, mãe (muito) coruja!



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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Chegou a hora do desfralde!

Iniciamos o desfralde!


Não sei porque, mas eu estava super apavorada para começar essa nova etapa da nossa vida. Tive medo do stress que poderia ser, já que Bia, mesmo sendo muitíssimo esperta no alto de seus 2 anos e 3 meses, é também muito geniosa. E quando não quer algo, é uma luta árdua para convencê-la.

Dito e feito.

Já tinha lido muito sobre, estava preparada na teoria. Na TEORIA...

Era sexta quando a diretora da escolinha me orientou a iniciar o processo no dia seguinte. Conversei muito com a pequena, disse que ela estava virando uma mocinha grande e que não ia mais precisar de fraldas.

- A Bia não é grande, mamãe!

Expliquei mais uma vez que ela estava crescendo e que ia fazer igual a mamãe: quando tivesse vontade de fazer xixi ou cocô, iríamos ao banheiro e ela poderia escolher usar o penico ou o vaso sanitário com o assento adaptável.

Sábado ela acordou, levei ao banheiro e comecei o processo. Tirei a fralda, mostrei o penico e perguntei se ela queria fazer xixi. Não aceitou. Normal.

O dia todo foi de xixi na calcinha, na porta do banheiro, na cozinha, na sala... Mas ela sempre sabia que era hora de ir, a recusa era se sentar no penico. Em nenhum momento ela teve escape 'sem querer'. Todas as  vezes ela estava se apertando e segurando até não conseguir mais. Por isso, nenhum móvel meu foi atingido.

No fim da noite foi melhorando. Eu também fui tentando ficar mais calma. Quando a via se contorcendo, brincava com ela, pegava no colo, falava coisas divertidas e dizia para ela se sentar... quando ela entendeu o processo, se divertiu junto.

A noite, depois dela já ter ido dormir, coloquei a fralda nela.

Domingo foi lindo! Ela acordou e se recusou a usar o penico. Pronto. Foi a última recusa. Passamos o dia todo indo ao banheiro escutar o xixi caindo. Muitas ajudas para jogá-lo no vaso sanitário e uma recompensa: um sabonete do Minion - que ela adora - para lavar as mãos. 

Até que... no fim do dia... se contorce. "Quer fazer cocô?"... negativas e negativas... quando vejo a calcinha enchendo, pego ela e corro pro banheiro. Ela fica brava e se recusa. "Não quero, não quero, mamãe!". Já tinha feito. Quando se sentou no penico e saiu o restinho do restinho, ela comemorou. E eu também! 

Esse foi o início do desfralde!

No fim das contas, foi bem melhor do que imaginava. Confie em você e, mais ainda, confie no seu filho! Ele tem o tempo dele e é preciso ser respeitado com muito amor e carinho. 

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Como criar um filho bilíngue, por Soely, Rosely e Valéria

Hoje o Blog Lei da Gravidez traz as histórias de três mamães brasileiras que casaram com estrangeiros e, com o nascimento dos filhos, tiveram que lidar com a diferença das línguas e com as melhores formas de ensinar os pequenos.

Soely, Rosely e Valéria tiraram de letra! Com paciência e dando tempo aos pequenos elas mostram que é possível ensinar línguas e culturas diferentes, mesmo quando eles ainda estão aprendendo a falar!

Como criar um filho bilíngue?
Por Soely, Rosely e Valéria 

Meu nome é Soely Rios, sou brasileira casada com peruano e temos um filho de 2 anos e 4 meses e vou contar um pouco da nossa experiência de como criar um filho bilíngue.

Sempre gostei de viajar e conhecer culturas diferentes. Fiz viagens internacionais para alguns países da Europa e América do Sul. E foi em uma dessas viagens que conheci meu esposo.Foi no trem que vai de Cuzco para Machu Pichu, no Peru. Como eu falava espanhol, conseguimos nos comunicar bem. Namoramos, casamos e depois de alguns anos nasceu, aqui no Brasil, o Dimitri, nosso mesticinho. 


Realmente o destino nos surpreendeu e como dizia Clarice Lispector: “Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento”.

No tocante ao aprendizado dos idiomas, meu esposo fala exclusivamente em espanhol e eu falo em português com o Dimitri. Apesar de eu falar também em espanhol, procuro conversar somente em português para que ele tenha a mesma fluência do espanhol nativo do pai. Além disso, o pai lê livros e mostra desenhos em espanhol. Como vivemos no Brasil, ele convive mais com pessoas que falam a língua portuguesa. Ele já vai para a escola , porém não é bilíngue.

Algumas pessoas acham que ele fará confusão ao aprender duas línguas. No entanto, percebemos que ele sabe distingui-las bem, até mesmo os sons. Por exemplo, a palavra “vaca” é igual em português e espanhol, mas ele sabe pronunciá-las nos dois idiomas. 


Na próxima viagem ao Peru queremos que nosso filho tenha a oportunidade e praticar o espanhol com os avós paternos e primos, além de ter maior contato com a cultura peruana.

Futuramente com o início da sua alfabetização, acreditamos que ele possa aprender o espanhol em casa conosco e com o auxílio de uma boa gramática, livros, músicas e jogos. Queremos que o Dimitri aprenda essa língua no seu ritmo para que possa interagir de forma natural e espontânea e criar fortes laços afetivos com os familiares.

 

Dimitri será alfabetizado em português e espanhol


Eu me chamo Valéria Virginia, sou brasileira e casada com um italiano, temos uma filha de 7 anos a Giulia que é "trilíngue": fala português, italiano e francês. Morávamos no Rio até 2014, quando fomos transferidos para Paris.

Nossa história não é nos moldes tradicionais, porque somos indisciplinados. Meu marido quando chegou ao Brasil precisava aprender português rápido e entre nós falamos sempre em português, mesmo eu sendo fluente em italiano. Todos acham que aprendi com ele, mas eu já adorava o idioma e tinha estudado muito antes. 


Quando nossa filha nasceu, li muita coisa falando de que cada pai deveria falar no seu próprio idioma, só que pra gente não funcionou. Meu marido simplesmente não conseguiu colocar como rotina.

Sofremos muitas cobranças por parte de família e amigos, mas eu sempre confiei na capacidade dela, sabia que o italiano tinha um poder afetivo muito grande e que ela desenvolveria a língua no seu próprio tempo. Nós dois falamos português, italiano, inglês e francês (cada um no seu nível de aprendizado) e me parecia impossível que ela não aprendesse.

Durante seis anos o italiano era a língua que ela ouvia nas férias, com a família do meu marido ou com nossos amigos. Chegamos a sair algumas vezes, deixando ela com minha sogra que só fala italiano. E ela ficou tranquila, pediu água, pão e para ir ao banheiro. Até então, eu percebia que ela entendia, mas sempre respondia em português.

Com a nossa mudança em 2014, chegamos exatamente no início do ano letivo europeu. E ela com 6 anos começou a alfabetização na escola italiana de Paris. Conversei com a professora e expliquei que ela não falava italiano, mas compreendia. Depois de 15 dias a professora me chamou para me perguntar porque eu dizia que ela não falava? A menina falava sim! Ou seja, minha intuição estava certa, ela sabia, e só precisávamos de um gatilho. Com as outras crianças ela venceu a timidez e começou a falar. 


Hoje está no segundo ano primário. Fala e escreve em italiano e português. Na escola ela faz três horas semanais de francês e ano passado passou por um curso de apoio, se expressa bem em está começando a escrever.

Na última avaliação escolar, o professor atual me disse que ela tem um vocabulário italiano superior às crianças dessa faixa etária. Como ela gosta muito de ler, evoluiu muito rápido. Eu optei por continuar o estudo do português em casa, com um livro da mesma série que ela faz aqui. Como não sabemos quando voltaremos ao Brasil, preferi prepará-la para não ter dificuldades caso precise mudar de escola.

Essa é a experiência do aprendizado de idiomas da minha família, nossa maneira de prepará-la para que no futuro ela possa escolher onde prefere estudar. Mas, sobretudo, é nossa maneira de manter os laços afetivos, de modo que ela possa se relacionar com toda família, sem precisar de nossa intervenção.

Tudo de forma lúdica e com muito amor!


 Giulia mora em Paris e fala português, italiano e francês



Meu nome é Rosely Sardinha e me casei com um francês. Juntos temos uma filha, a Louise. Confesso que nunca me imaginei casada com um estrangeiro. Sempre tive dificuldade para aprender idiomas, de um modo geral, então essa possibilidade não estava dentro da minha expectativa e realidade. 

Mas, como a vida não é como a gente imagina e sempre nos surpreende, em 2009 conheci um francês que mudou essa minha certeza. Ele falava o português de Portugal e eu fui buscar o aprendizado da língua francesa. Hoje formamos uma família linda e moramos no Rio de Janeiro. 

Só que junto com a nossa felicidade, tivemos que definir questões práticas do nosso cotidiano para educar a nossa filha dentro de duas culturas e línguas diferentes. Não tenho preocupações quanto ao seu aprendizado, pois sei da capacidade das crianças em se adaptarem e adquirirem conhecimento diversos quando expostas a eles. 

A preocupação era com o nosso comportamento frente a ela em meio a tudo isso. Moramos no Brasil e logicamente o português é a sua língua natural. Ela ouve na rua, usa na creche e com as pessoas que convive aqui. 

Mas estar imersa nessa cultura não significa que a sua outra língua também não possa soar natural, considerando a sua convivência também com bisavós, avós, tios, primos e amigos de língua francesa, seja quando eles estão no Brasil, seja quando estamos na França. 

Em casa eu e o pai dela falamos em português. Com ela, o pai fala exclusivamente a língua francesa e eu exclusivamente a língua portuguesa. Ainda que eu fale francês e o pai português, entendemos que a fluência da língua materna traz segurança e melhor aprendizado pra ela. Então, o pai vai fazendo leitura dos livros em francês, cantando as músicas infantis e apresentando as brincadeiras orais e tradicionais de seu país e eu vou fazendo o mesmo com a língua portuguesa.

Entendemos, nesse momento, que essa é a forma correta de garantir e favorecer o seu bilinguismo. Ela está hoje com 1 ano e 6 meses. No futuro próximo, iremos definir o seu processo de alfabetização, tanto leitura quanto escrita), mas provavelmente será nas duas línguas.



 A pequena Louise tem mãe brasileira e pai francês

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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Parque de diversões


Meu marido ganhou um par de ingressos para o Hopi Hari numa promoção. Prestes a acabar o prazo para utilização dos convites, resolvemos levar a pequena Bia para um dia diferente. 

Nos programamos para ficar um tempo curto, mostrar pra elas os lugares que ela poderia se divertir mais e pronto. Acabou!

Ela ficou vislumbrada com o lugar. Mal sabe ela que antigamente ele era mais bonito, melhor cuidado e todos os brinquedos funcionavam. De qualquer forma, eu entrei no encantamento dela e, pela primeira vez, fiquei na ala do parque que eu mal tinha entrado antes. 

Ela foi em um ou outro brinquedo, como o carrossel (que ficou apavorada!!!), o tunel encantado (que me irrita num grau) e também em um carrinho que dá umas voltinhas e você é o motorista.

Mas o que eu mais amei e vai ficar marcado para mim foram as peças de teatro. Uma porque eu achei que a Bia não ia considerar assistir por mais que 10 minutos. Outra porque são muito bem produzidas.

A do Looney Tunes é bem simples e com os personagens da minha infância. O Pernalonga, Patolino, Frajola, Piu Piu e Taz me encantaram e também encantaram a pequena. O texto é divertido e a peça super curtinha, de 30 minutos no máximo.

Depois fomos no teatro maior ver a peça sobre Piratas e Fadas. Lindo! Bia ficou encantada com tudo aquilo! Não sei se ela compreendeu a história, tinha acabado de acordar de uma longa soneca no meu colo, e com os gritos de um pirata que agitou a plateia antes das cortinas se abrirem.

Mais uma volta e decidimos por fim ao passeio. Já tinha passado (e muito!) da hora que me programei pra voltar. Já na porta do parque, me viro pra Bia e explico:

- Bia, agora nós vamos embora, tá?
- Não, mamãe! Roda Gigante! 

É o primeiro brinquedo que se vê quando chega, então na saída você também o enxerga. Quando chegamos perguntamos pra Bia - inocentemente, juro!!! - se ela ia na roda gigante e ela respondeu com um afirmativo bem convincente. Mas na hora de ir embora, claro que ela já tinha esquecido! Claro que ela não ia ter coragem!!!

Pois voltamos, encaramos a fila que não tem prioridade. Os pais com aquela cara tensa de encarar um brinquedo tão alto. A pequena agitada e ansiosa. Entramos. Aflitos. Eu e ele, claro! Ela sentou no colo e deixou o brinquedo rodar uma vez. Segunda vez! Ufa, é a última... pensamos! Rodou mais a terceira e aí parou. 

Fomos embora. Eu ainda mais feliz, mesmo exausta. A pequena desmaiada no carro, depois de um dia que ela até então não imaginava que viveria.

Mas você vai viver muito mais. Novas aventuras. Novos dias de muita diversão! Só não deixa esse coração de mãe tenso! E quando for, me chama!? 


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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Meu filho venceu o câncer, por Juliana Souto

Você já se imaginou recebendo a notícia de que seu filho tinha uma doença e como reagiria? Hoje a Juliana Souto nos conta um pouco do que passou com seu pequeno Matheus. O que posso dizer? Que me segurei para não chorar ao ler o depoimento dela e que os dois são figuras que marcam qualquer pessoa, pois são fortes, determinados e muito do bem!

Se segure, porque vêm fortes emoções!

Meu filho venceu o câncer
Por Juliana Souto


 
Meu nome é Juliana tenho 37 anos, sou contadora e mãe do Matheus de dez anos. Venho dar testemunho da grande tribulação que passei com meu filho há cinco anos.

Em novembro do ano de 2011 o Matheus começou a ter febre consequência de uma dor de garganta onde foi medicado no pronto socorro. Após uns dois dias ele começou a reclamar de dores nas costas, até achei que era algum efeito da injeção que tomara antes, mas dia a dia esta dor aumentava e eu fui ficando aflita. 


Quando a dor passou para uma perna veio a primeira internação, foram realizados alguns exames ele foi liberado para casa com um antibiótico. Mais  alguns dias e novamente: dores! Só que desta vez mais forte e já espalhada por várias regiões do corpo.

Na época ele estava com cinco anos e a dor era tão forte que ele gritava quando eu tentava pegá-lo no colo. Foi quando veio a segunda internação, exames e mais exames e quatro dias angustiantes, mas fui amparada por uma amiga médica. Ela acompanhou tudo e fez a indicação para o exame mielograma. 

Numa sexta-feira, precisamente dia 02/12 daquele ano, veio diagnóstico do hospital Grendacc: era LEUCEMIA! E pra complicar ele estava com princípio de pneumonia e teve que ir direto para UTI. Naquele momento o chão se abriu, meu mundo desabou, a dor de mãe que senti e queria de toda forma poder acabar com tudo aquilo. Passei uns dois dias revoltada. Tenho a graça de ser uma pessoa de fé e ter tido apoio de familiares, muitos amigos e uma equipe médica e de enfermagem maravilhosa. Com tudo isso, e com o passar dos dias, Deus foi acalmando meu coração e tive que tomar uma decisão: ou ficava culpando Deus e o mundo por tudo aquilo, ou ajudava meu filho a vencer o câncer. 

Claro que escolhi lutar com meu filho. Saí do meu trabalho para me dedicar 24 horas por dia a cuidar do Matheus. Foram 29 dias de internação, depois meses complicados, angustiantes, de incertezas e medos. Ele ficou 11 meses isolados, sem ir a escola, sem brincar com outras crianças só ia para o hospital, foram inúmeras sessões de quimioterapias, remédios, antibióticos e radioterapias. Ali criamos uma família onde somos gratos até hoje a todos profissionais e a todos amigos que o Grendacc nos trouxe. 



Durante este período consegui realizar um sonho dele. Apaixonado por futebol, tive a oportunidade de levá-lo a uma visita ao Santos Futebol Clube onde conheceu seu ídolo Neymar. Foi um dia muito especial pra todos nós. Tentei realizar todos os sonhos que ele tinha e tornar os momentos tão dolorosos em alegria.
 
Após estes longos meses chega a fase de manutenção e a volta ao convívio social e escolar. Feito o exame na medula foi constatado que ele tinha vencido a doença, mas como protocolo tinha que seguir o tratamento até o fim, então ele passou mais um ano e meio de quimioterapia mensal para o término do tratamento.

Foi então que no dia 02 de junho de 2014 ele fez a última quimioterapia e pudemos comemorar o renascimento e uma grande vitória. A vida nos ensinou a ser fortes, a não fugir da luta. Não foi nada fácil, vimos muitas crianças partirem e mães sofrendo, mas acreditamos que cada um tem uma história a ser cumprida aqui.
 

Hoje o Matheus está com dez anos, curado e há quase dois anos sem quimioterapia! Uma criança especial e querida por todos, vive normalmente como qualquer um da sua idade. O testemunho de tudo que passei que gostaria de dar é: confie em Deus, pois Ele pode o impossível e sabe o que é melhor pra cada um. Ele cuida de nós do início ao fim! 

Ame sua rotina, curta cada segundo da vida dos grandes momentos até os pequenos, é tudo precioso! Não reclame da vida ela, é o nosso bem maior! Agradeça todos os dias por sua saúde e de sua família, pois a saúde é tudo! Faça sempre o bem sem saber a quem! Convivi com muitos voluntários e este ato de amor é maravilhoso e ajuda muita gente! 

Hoje me tornei uma voluntária, pois sei o quanto nos fortalece e como fazer o bem às pessoas faz bem ao coração. 

Se eu entendi o que aconteceu com o meu filho? Claro que não e provavelmente nunca vou entender, mas tenho a certeza que amor de MÃE é INCONDICIONAL e eu escolhi lutar por ele. 


Obrigada Deus, família, amigos e profissionais do Grendacc por caminharem conosco lado a lado sempre!!!!


Confira aqui as participações do Matheus na TV:

2012 - Torcedor mirim 'ensina' dança para o inédito gol de bicicleta de Neymar

2014 - Recuperado de leucemia, torcedor acompanha jogo do Santos na Vila

2016 - Dia Mundial do Combate ao Câncer  

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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Tiquequê recria universo infantil no DVD ‘O Gigante (ao Vivo)’



A criançada, seus pais, mães, tios, tias, avôs, avós e quem mais gosta de boa música e brincadeiras poderão curtir o contagiante espetáculo do Tiquequê sempre que quiserem! O grupo, que escolheu o universo infantil como inspiração para o seu trabalho, lança o DVD “O Gigante (ao vivo)”, gravado em São Paulo, em 2015. 

As atrações apresentadas no show unem canções, dança, teatro, animação, batuques, sons e muita diversão -  uma mistura de linguagens expressivas, que é a marca registrada do quarteto formado por Diana Tatit, Angelo Mundy, Bel Tatit e Wem.

O repertório do DVD “O Gigante (ao vivo)” é formado por 16 canções, entre composições próprias, músicas do cancioneiro popular e algumas já bastante conhecidas, como a inesquecível “Lavar as Mãos”, de Arnaldo Antunes, e as assinadas por quem conhece muito bem do assunto, como os integrantes do Palavra Cantada, Paulo Tatit (“Carrapato e Carapicho”) e Sandra Perez (“Ciranda dos Bichos”). Os integrantes do Tiquequê assinam, além da faixa título, “O Gigante”, outras nove músicas: “Trava-Língua”, “Quero Começar”, “Tô com Medo”, “Nasceu Mamãe, Nasceu Papai”, “A Rosa e o Cravo”, “Dente Mole”, “Salada”, “Fio Invisível” e “Pode Virar”. 

Juntam-se a essas, outras canções que não costumam fazer parte do universo infantil atual, criando um diálogo entre músicas autorais e cantigas populares de domínio público, como o medley “Quem Te Ensinou a Nadar/Peixe Vivo”, “O Cravo e a Rosa” e a “Velha a Fiar”, além da engraçada adaptação do Tiquequê para a canção de Luiz Gonzaga, “Lorota Boa”.

O espetáculo conta com as participações mais do que especiais dos Barbatuques que, com seus incríveis sons corporais, trazem mais magia às performances do Tiquequê, além dos queridos da criançada Sandra Perez e Paulo Tatit, do Palavra Cantada, e também da cantora mirim Yasmin Vitória. A atmosfera se completa com o caprichado cenário, figurino e animaçõesque integram o show.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Festa de dois anos

No primeiro aniversário da Bia fizemos uma festa grande, convidamos famílias, amigos, pessoas que comemoraram juntos os primeiros 12 meses de aprendizado. No segundo ano, além da grana curta (e contenção de despesas), resolvemos fazer algo bastante (muito MESMO) pessoal, apenas para não passar em branco. 

Sabe aquela história de "vamos fazer só um bolinho?" 
Foi exatamente isso.

Mesmo sendo uma coisa bem caseira, minha mãe, prendada como só ela, quis fazer o bolo fake e os enfeites, que ficaram uma fofura! Foi também ela a responsável pelo bolo, que ficou incrível!!! Encomendamos uns salgadinhos, reunimos os bisavós, avós, tios-avós e tios, a priminha Manu e o priminho Chico (que ainda estava na barriga da titia Bel). Foi uma delícia e todos aproveitaram muito. 

Veja algumas fotos e como a simplicidade pode ser também um bom caminho... 





 



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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Profissão:mãe, por Bruna Bacchin

A Bruna é uma terapeuta ocupacional que largou a profissão para cuidar das três filhas lindas! Além de ouvir muito pitaco sobre essa escolha, ela ainda tem que lidar com alguns julgamentos sobre ter mais filhos ou não.

Confira o depoimento dessa mulher forte e decidida!

Profissão: mãe
Por Bruna Bacchin


 
Desenho da primogênita Valentina, retratando sua família

Olá mamães! Sou Bruna, tenho 28 anos, casada há cinco anos e mãe de três lindas menininhas! Sim TRÊS! 

Sou terapeuta ocupacional, mas atualmente estou exercendo em tempo integral ser mãe, esposa e dona de casa. Simplesmente me descobri na maternidade!

Algumas pessoas se encontram em alguma profissão, em algum hobby, mas eu me encontrei sendo mãe. Sabe aquele sentimento de 'nasci pra isso'? Então... esse mesmo! Adoro minha profissão, adorava meu trabalho, mas amo ser mãe, entendem? 

Sempre trabalhei, mas ao final da licença-maternidade da minha caçula eu só tinha uma certeza no meu coração: a de que estava na hora de parar e me dedicar integralmente a elas. Fui lá e pedi demissão! Essa escolha, pra mim e meu marido, não tem a ver com questões financeiras, mas simplesmente com exercer minha maternidade de forma plena, àquilo que Deus tem me chamado.
 

E aqui chegamos a outro ponto que pra nós é muito importante: o número de filhos! Como disse, hoje minhas meninas têm 4 anos, 3 anos e 1 ano e isso sempre foi motivo de muitos olhares tortos e pitacos. 

"Nossa, como você é corajosa!", ou "Você é louca!" ou "Seu marido deve ganhar muito bem né?", "Agora chega?", "Foi um acidente?" (Opa, claro! Filhos são acidentes), "Vai fechar a fábrica agora?", e até preveem o futuro para mim: "Como vc vai pagar escola/faculdade/leite/fralda?" 

O repertório é grande, mas para nós nada disso importa. Desde o tempo de namoro saboreávamos a ideia de sermos abertos a vida, a receber os filhos que nos quisesse dar, a receber com alegria os dons que Deus nos presentearia. E por enquanto são três. Quantos mais serão, só Deus sabe! Nós só sabemos que por Sua graça, podemos estar abertos à Sua vontade e sermos muito felizes!

Temos dias muito agitados por aqui. A rotina sempre samba na mão da nossa família (rs)!  A última vez que minha casa ficou totalmente limpa e arrumada por pelo menos 1h nem sei dizer quando foi e tem dias difíceis que todas choram ao mesmo tempo (inclusive eu!), que todas gritam ao mesmo tempo (inclusive eu!) e também que todas riem (e muito) ao mesmo tempo! E tudo isso é uma delícia!


Estou muito longe de ser uma mãe perfeita, procuro ser sempre a melhor que minhas filhas podem ter. Procuro viver a maternidade de forma bem realista e leve: não me cobro. Vou dançando conforme a música e vivendo sob a graça de Deus naquele dia!



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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Exposição “Quero Colo” marca o Dia das Mães no JundiaíShopping



A exposição “Quero Colo”, da fotógrafa Flávia Fontes, marca o Dia das Mães no JundiaíShopping. A mostra reúne fotos que registram essa relação única entre mãe e filhos. A atração é gratuita e estará disponível para visitação de 03 a 29 de maio, no horário de funcionamento do shopping.

São 24 imagens distribuídas no espaço localizado no piso Jundiaí (ao lado da loja CVC), que registram esse vínculo forte e especial entre mães e filhos. As lentes da fotógrafa capturaram momentos espontâneos, carregados de sentimento e desse amor genuíno. “O nome da exposição não poderia ser outro.


Afinal, colo de mãe é sempre especial, independente da idade. É sinônimo não só de afeto e presença, mas também de segurança. É quase um refúgio”, justifica Flávia, que expõe pela terceira vez no JundiaíShopping. Ela é especialista em registrar fotos de bebês, crianças e famílias.
 

A fotógrafa conta que buscou reunir fotos que representam esta relação tão importante tão forte desde a gravidez. “A exposição traz essa relação nascendo, ainda no ventre, depois nos primeiros dias da criança e o vínculo se fortalecendo dia após dia. A ligação entre mães e filhos é algo único, e é justamente isso o que procuro traduzir em cada imagem”, ressalta. “Por isso, com exceção dos recém-nascidos, nenhuma foto é posada. Cada uma delas busca retratar momentos espontâneos, seja entre mãe e filho, seja reunindo as três gerações: avó, mãe e filho”, conta. Flávia ressalta que cada imagem tem uma história, e todas sempre muito especiais, fruto dessa relação única e desse vínculo materno que é tão forte e essencial.

Guillermo Bloj, superintendente do JundiaíShopping, ressalta que essa exposição foi idealizada como uma grande homenagem às mães nesta data tão cheia de significado. “Para nós é sempre um prazer receber atrações como essas, tanto que já estamos no terceiro ano de parceria com a fotógrafa Flávia Fontes. Buscamos sempre prestigiar profissionais locais que realizam um trabalho incrível como este. O resultado sempre surpreende”, diz.


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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fase da birra



Quando a gente acha que aquela fase difícil passou, vem uma nova versão do game e mostra que existem novas fases muito mais complicadas!

Os primeiros meses de adaptação, as cólicas, os dentes, a escola, os primeiros passos, os tombos, as doenças, os pitacos alheios... Ops! Os pitacos não são fases, são frases que nunca param de ser ditas.

Só sei que a Bia entrou definitivamente naquele "terrible two", dando seu showzinho particular e, muitas vezes, fazendo a gente enlouquecer e se segurar muito para não entrar na onda dela.

Já entrei? Já! O pai entrou? Xi... nem sempre é possível aguentar o drama por muito tempo e, dependendo do nosso estado emocional, acabamos entrando no jogo dela de forma errada.

Bia já se jogou no chão, está com mania de bater e mostrar a língua, birrenta mesmo. Não faz o que eu quero? Então vou te mostrar quem manda aqui! E muitas vezes nos desdobramos pra aquele chororô parar logo.

"Gente, o que os vizinho vão pensar??? E esse povo na rua olhando como se fôssemos péssimos pais???"

Um dia, depois de um estresse gigante lá em casa e de pesquisar sobre essa 'terrível fase dos dois anos', sentei com meu marido e conversei.

É uma fase e vamos ter que passar por ela. Quanto mais nos estressarmos, cedermos, brigarmos, pior vai ser! Nossa casa será uma loucura, mas daquelas ruins, chatas, amargas de se viver. Ou nos unimos e damos um jeito nisso ou vai ser um Deus nos acuda.

Essas birras se assemelham às de pré-adolescentes! Eles querem ter razão, acham que as têm e fazem aquele drama se são contrariados.

O ideal é deixá-los fazendo drama sozinhos. Quanto mais plateia, mais vão se achar na razão de chorar, gritar ou espernear. Hoje nós fazemos de tudo para esperar passar esse primeiro momento e depois sentamos e explicamos tudo para ela, o que é errado, o que é certo, porque machuca, porque não pode... 

Muitas vezes também percebemos que as trocas são interessantes. Quando ela não quer escovar os dentes, brincamos com ela falando: "nossa, já pensou que legal escovar os dentes em cima da bicicleta?" ou então "você vai comer isso, mas precisa escovar os dentes" ou ainda "vamos tomar banho porque depois vamos bagunçar na sala"...

Geralmente funciona.

Esses dias deixamos ela, pela primeira vez, de castigo. Ela desafiou, claro! Mas foi muito melhor do que esperávamos. Com o tempo a gente vai se acertando. Com calma, paciência e muita dedicação as coisas vão voltando ao eixo!




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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Mãe de 2, por Teresa Orru

Minha amizade com a Teresa começou quando nos descobrimos grávidas na mesma época! Era ótimo ter com quem dividir aquele momento tão especial e cheio de dúvidas! Pouco depois do primeiro filho nascer, veio uma nova gravidez e ela conta como é ser mãe de dois e optar por não voltar ao mercado de trabalho por enquanto.

Mãe de 2
Por Teresa Orru




Quando engravidei do meu primeiro filho, o Diogo, em 2013, já tinha em mente que não ia voltar a trabalhar tão cedo. Quando ele estava com 10 meses a vida me surpreendeu com outro milagre: a Alice. 

Eu e meu marido sempre pensamos em ter filhos com idades próximas, e a minha intenção sempre foi ficar com eles em casa o máximo possível. Antes de a Alice nascer ouvi muito a frase: faz bem não colocar na escolinha. Mas o discurso mudou depois do nascimento da irmã: "quando vai colocar o Diogo na escolinha?' 

Engraçado como as pessoas se deixam levar muito pelo achismo. "Acho que vai ser bom pra você e pra ele", ou "acho que é bem puxado ficar com duas crianças pequenas em casa". Ninguém me falou que seria fácil. Mas também não é tão difícil como muita gente pensa. 

Um dos segredos é ter rotina. Com isso as coisas caminham mais facilmente. Paciência também é fundamental. Mas isso vale pra qualquer situação, principalmente quando o assunto é criança. Claro que tem dia que o cansaço bate mais forte, mas uma noite de sono repõe toda a energia. E ver o carinho que eles têm um pelo outro me faz ter a certeza que vieram no momento certo, no tempo de Deus.

Até poucas semanas atrás fui na contra mão de muita gente, inclusive do marido: bati o pé e não quis colocar o Diogo na escolinha. Me falaram que seria bom pra ele. Mas sabe instinto de mãe? Então, falou mais alto. E semana passada, em consulta com um pediatra, comentei sobre esse assunto. Ele, sorrindo, me deu todo apoio, dizendo que faço certo. "Se você tem a possibilidade de ficar com seus filhos nessa fase, de poder acompanhar o crescimento, não há necessidade de escolinha. Tenho certeza que você os estimula em casa. E mais: a companhia da mãe é muito importante."

Antes de ser mãe achava que a maternidade era um bicho de sete cabeças, mas não. Aquela frase: quando nasce um bebê nasce uma mãe fez todo o sentido pra mim. Pra quem nem sabia trocar uma fralda até que eu estou me saindo muito bem. Mas boa parte desse mérito vem de Deus, que todo dia me orienta a fazer o melhor para meus filhos.


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