sexta-feira, 12 de março de 2010

Só levo a certeza de que muito pouco eu sei


São 17h40 de uma sexta-feira corrida. Daqueles dias que as horas não passam e você não sabe se dá graças a Deus por ter tanta coisa pra resolver ou se chora por querer que passe tudo muito rápido.

De uma coisa eu tenho certeza: não posso reclamar! Nem devo. Aliás, não preciso. Não quando o assunto é trabalho. Já outras coisas...

Uma coisa que me indigna cada dia mais é a empresa de ônibus da qual eu - infelizmente - dependo. É uma empresa que monopoliza o percurso Jundiaí - São Paulo - Jundiaí e que faz o mau humor constante de seus usuários.

Pensei por onde poderia começar minhas inúmeras reclamações. Não sei! Por isso vou despejá-las aqui, sem ordem de relevância.

Falta comprometimento com quem paga um valor altíssimo. Cadeiras quebradas, janelas emperradas e alguns (e aqui ressalto que são mesmo apenas 'alguns') motoristas inconsequentes me fazem acreditar que 11 reais por viagem torna o pagamento muito mais doloroso. Sim, é caro. Gasto 22 reais por dia para vir trabalhar em São Paulo. As mudanças repentinas de horários também são transtornos para mim. E não adianta nem sair mais cedo de casa, eles mudam e atrasam de tal forma que chegar no horário no trabalho ou em casa se tornam realidades muito distantes. E vamos combinar que se eles colocam um cartaz do tamanho do guichê com os horários, temos que, no mínimo, acreditar que serão cumpridos. Mas não são. E a gente que tem que se acostumar com isso.

Os atrasos, muitas vezes constantes até demais, também alteram meu humor. O trânsito isso, o trânsito aquilo.. não cola. Na minha mente pouco entendida, deveria ter um estudo de horários, frequências e números de passageiros que desse completo sentido para um esquema descente (e coerente) de saídas e chegadas.

Incrível como uma empresa grande e importante (e monopolista, claro!) pode tratar seu cliente com o desrespeito que acontece diariamente.

Isento de culpa muitos funcionários, que sempre estão dispostos a colaborar com o que lhes é possível. Porém, o buraco é mais embaixo. Ou melhor, mais alto. Se alguém 'do topo' da empresa tem conhecimento de todos estes transtornos e não faz nada para melhor atender, aí o problema da empresa é maior do que eu imaginava.

De qualquer maneira, para demonstrar o descontentamento dos usuários, meu colega de ônibus Giovanni criou um blog onde podemos registrar ocorrências, críticas e sugestões. Acredito que quanto maior o número de cadastrados no blog, mais voz e força teremos para quem sabe, algum dia, mudar toda situação.
Quem trabalha em São Paulo já sabe o estresse que passamos diariamente. Agora quem viaja todo dia sabe o quão cansativos se tornam todos estes problemas.

Aliás, a indignação é tanta que já foi até notícia do Jornal de Jundiaí:

É isso! Entrem no BLOG e indiquem:

sexta-feira, 5 de março de 2010

Pensamentos soltos traduzidos em palavras


Cada vez mais paro para pensar em mim, em como eu sou, em como eu ajo.

As vezes fico surpresa comigo mesma. Gosto de ajudar. Ontem mesmo, saindo do metrô São Bento, vi um deficiente visual indo para sabe-se lá onde. Ele estava perdidinho naquela estação. Como eu sei?! Caramba, ele estava quase batendo na parede! Fiquei revoltada! Não é a primeira vez que eu vejo alguém com dificuldade no metrô. E não é a segunda! Ah, com certeza não será a última.

Chego perto do senhor, encosto nele - afinal, ele precisa saber que é com ele que eu estou falando - e pergunto se ele precisa de ajuda. A resposta foi de bate-pronto: "SIM!!!" e eu dou meu cotovelo e descemos a escada rolante até encontrar alguma outra boa alma do local para passar a catraca com ele. Ele nem precisava agradecer. Eu fiz o que deveria ser obrigação de todos.

(Adendo: se alguém estranhou o fato de eu ter dado o cotovelo para o "cego", acreditem, eu fiz o certo. Para um dos trabalhos da faculdade visitamos a Laramara. Uma associação muito legal que apoia a inclusão dos deficientes visuais.)

Vídeo Institucional da Laramara (clique)

Da porta do metrô até chegar na minha mesa de trabalho, caminhei leve, com a sensação de que tinha servido para alguma coisa. É uma boa sensação! Tão boa que comecei a despejar cada segundo do que aconteceu para quem estava por perto. Só uma pessoa parou pra me ouvir... aí...

Aí que eu percebi que eu também preciso me conter.

A única pessoa que parou para me ouvir estava prestando mais atenção em mim do que no trabalho e, por fim, perdeu todo o arquivo que tinha separado durante a manhã. Fiquei me sentindo mal. De um minuto para o outro, a história feliz de quem tinha acabado de fazer uma boa ação passou para a história triste de quem acabou de fazer alguém se ferrar.
E em qual das situações eu deveria pensar mais!?

Resposta: NAS DUAS! É óbvio.

Tenho que controlar meus sentimentos, meus pensamentos e, principalmente, minha língua.
Estou passando por uma fase de transição muito grande. E me sinto forte e responsável o suficiente pra isso. Queria ser de ferro, mas ainda não sou! E quer saber? Ainda bem!

terça-feira, 2 de março de 2010

De volta ao Planeta dos Macacos

Praticamente 1 ano e meio. Este foi o tempo que levou para eu voltar a escrever no meu blog. Confesso que durante este período não senti falta de passar por aqui. Mas nos últimos dias pensei que estava na hora de recomeçar.


Mesmo porque aconteceram tantas coisas e outras tantas estão por vir.


No final de 2008 entreguei o TCC 'Os heróis do Joelma' e finalizamos o ano com um belo 9,5, que aceitamos como 10 pelo projeto incrível que sabemos que fizemos. A parte triste é que parou por aí. Ninguém que queria nos ajudar realmente e esforçou para isso.


Meu ano de 2009 foi especial. Em março o assunto 'casamento' começou a bater forte nas conversas entre eu e o Luís. Em abril ele me pediu em casamento e foi um dos dias mais especiais da minha vida. (creio que da dele tb). Afinal, nos dias de hoje, os homens não têm mais a mesma coragem de chegar no sogro e fazer um pedido oficial.





Felicidade está no amor



Depois disso, casamento, orçamentos, datas, prazos e conversas e mais conversas rondaram nossas noites e nossos fins de semana. Enfim, este assunto é para depois.

Me formei em Jornalismo na Anhembi Morumbi. Agora tenho dois diplomas que não me servem de muita coisa, mas além disso tudo, tenho muito mais conhecimento e tantas vezes mais responsabilidades.


O fim de junho foi angustiante. Quando a faculdade acaba, qual o próximo passo? EMPREGO. E eu, estagiando na Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho, não tinha um. Não tinha? Quando você se esforça e gosta do que faz, você se destaca. Foi isso que procurei fazer e, pelo jeito, deu certo! Fiquei na SERT.

Em Agosto meu irmão se casou com a Anna Catarina. Tudo resolvido as pressas. Não porque estavam grávidos - pergunta respondida mais de mil vezes. Foi a forma que eles quiseram e foi maravilhoso. Ponto.


Emoção. Quase morri de tanto chorar


Enfim... 2009 foi um ano muito gostoso. claro que muito mais coisas aconteceram de bom, mas também tive uma perda. O vô Antônio, no auge dos seus 90 anos, não suportou o cansaço de uma vida intensa, nem as doenças que a velhice insiste em trazer. Em novembro ele faleceu, deixando órfão seus 8 filhos, 7 genros/noras e 22 netos.


Modelo para os netos


De qualquer maneira, 2009 foi um ano de responsabilidades e decisões. E 2010 chega com muitas novidades. Que Deus tenha preparado coisas maravilhosas pra mim e que eu possa retribuir com toda força que tiver.

Espero voltar logo para contar um pouquinho da experiência de organizar um casamento.

Esse meu mundo é doido, mas é só meu!