quarta-feira, 9 de julho de 2014

Na vida você ganha, cê perde, meu filho. Faz parte.


A Copa do Mundo de 2014 era uma grande expectativa para nós, cidadãos brasileiros.

Para mim, que tive o prazer de ver em 1994 uma equipe unida, com garra e a dupla Bebeto e Romário. Depois a derrota na França para, em 2002, acordar de madrugada para acompanhar a conquista do Penta.

Ontem o Brasil perdeu da Alemanha com um resultado esperado, mas com um placar vergonhoso. No segundo tempo, já muito sem vontade de acompanhar, pensei nos meus onze anos e a conquista do Tetra. Meu pai me levando na 9 de Julho - aqui em Jundiaí - onde os brasileiros comemoravam, com bandeiras, gritos e muitos sorrisos no rosto.

Este ano, mesmo com a conquista do campeonato, Bia não entenderia. Aos quase oito meses ela não gosta do barulho chato das cornetas, se assusta com os fogos de artifícios. Quando comemoramos um gol ela bate palmas, mas não sabe ainda o que é um gol, nem futebol, muito menos porque estamos todos de amarelo.

Para Beatriz, essa derrota não significa nada, nem vai. Uma vitória não faria sentido nenhum também. Mas ela precisa saber que ganhar é bom, mas perder é o que faz crescer.

Seja no esporte, seja nos estudos, ou em qualquer situação da vida, o valor de um segundo, terceiro ou último lugar devem ser respeitados para que haja aprendizado, sabedoria. Ganhar é a glória de muito estudo, concentração e esforço. Se não foi tão bem como se esperava, é preciso fazer mais, sem bitolar, sem ficar neurótico.


Quero ensinar a Bia que competir é importante, ganhar é maravilhoso, mas aprender a perder é uma responsabilidade! Espero que os pais de hoje ensinem isso para os seus filhos. Que isso não valha apenas para um mundial de futebol, mas para tudo. 

E que aprendamos com os países que vieram nos visitar a termos educação, respeito e amor ao nosso Brasil, que o que nos faz ser mais ou menos brasileiros não é o esporte! Se você nasceu aqui e fala tão mal, olha pro seu umbigo e veja onde você pode melhorar.

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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Só quero saber do que pode dar certo...

"Eu não sei ser mãe, não sei nem cuidar de mim, quanto mais de um ser tão pequeno e que é totalmente dependente pra se alimentar, se vestir, dormir, tomar banho..."

Eu refletia muito isso quando o instinto materno começou a bater na minha porta. Queria muito ser mãe, mas tinha uma imensa preocupação quanto ao como eu seria.

Engravidei, passei por uma gravidez com os altos e baixos (leia alguns dos altos aqui, aqui e aqui, e dos baixos aqui e aqui), mas na média foi um período muito gostoso. 

Quando estava próxima de conhecer a minha Beatriz, não bateu medo, nem ansiedade. Acho que mais porque não deu tempo mesmo, já que ela chegou duas semanas antes do previsto.

Mãe não nasce pronta. Antes de sermos mães, não lemos cartilhas, não somos treinadas, não surge do nada. Nem poderia! Não adiantaria de nada. Aliás, sou muito mais da experiência do que do literalismo.

Tentei ler livros e pesquisar os porquês das coisas e aquilo me deixava mais enlouquecida ainda.

Agora, ali, no momento do parto, quando aquele ser tão minúsculo sai de dentro de você (aqui faço um adendo - pra mim, quando se adota uma criança, a mulher também 'dá a luz', o amor é o mesmo), surge uma nova mulher. Uma nova mulher não, é ali que surge a mãe que você até então desconhecia.

A partir dali você já sabe pegar no colo como nunca imaginou. Trocar fraldas não parece um quebra-cabeça de duas mil peças. Dar banho é um momento prazeroso. Amamentar é revigorante, mesmo que seja deveras cansativo. 

É o momento mágico onde uma chave liga e muda todo seu mundo. Passa a ser uma leoa, capaz de proteger e cuidar daquele bebê de forma excepcional, de forma materna.

Quando minha melhor amiga, a Mari, prestes a ter a Nina, minha afilhada, comentou comigo sobre sua dúvida, se estava preparada para ser mãe, eu pensei: hoje não. Mas na hora certa, daqui a pouquinho, vai surgir em você uma outra pessoa e, esta sim, estará preparada. Me lembro que falei mais ou menos assim:

"Mari, quando a Nina nascer, com ela vai nascer uma nova Mari, que agora você talvez desconheça, mas que vai saber ser a mãe ideal para ela!" - Acho que hoje ela pode até me dizer se acertei ou não.

E não acha que isso quer dizer que logo de cara você vai entender todos os motivos de choro ou angústia! Até hoje, depois de sete meses, quando me perguntam porque Bia chora, tem horas que eu digo: 'eu não sei!'

Mas a verdade é que depois de um tempo a gente sabe o motivo da maioria daquelas lágrimas e consegue resolver aquele desespero bem rapidinho. Quando não se encontra motivos, um abraço, palavras calmas, respiração tranquila e muita paciência! Aliás, paciência será seu sobrenome.

Esses dias olhei para Bia e falei: "O que eu tenho pra te ensinar se é com você que estou aprendendo a cada dia?"

E no fim, tudo dará certo! Mãe que é mãe sabe ser mãe!

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