sexta-feira, 17 de junho de 2011

There goes my hero He's ordinary



Por ser formada em duas faculdades, tive dupla chance de fazer um TCC notável. E consegui!

Na primeira oportunidade, em Rádio e TV, meu grupo criou um jogo em DVD para o público infantil. Foi algo inovador e inteligente para a ocasião que, infelizmente, não levamos adiante, por mais elogios e méritos que tenhamos levado naquele dia da apresentação.

Já em Jornalismo a ideia foi um radiodocumentário sobre o incêndio do Edifício Joelma, fugindo, porém, da mesmice e do clichê de transformar um programa bem interessante em algo do tipo 'sombrio e assustador'. Tiramos o foco dos possíveis fantasmas - deixamos eles descansarem em paz - e fomos buscar os heróis daquele lugar.

A parte mais difícil na conclusão desse projeto foi no conteúdo teórico. Definir heroísmo nos perturbou por muitos meses. O conceito do herói não é simples assim de se explicar, mas depois de muito esforço conseguimos chegar ao ponto que queríamos.

Entrevistamos bombeiros, policiais, sobreviventes e uma voluntária que se dispôs a colaborar no fatídico dia. Aproveitamos para tirar dúvidas com um psicólogo, para que ele pudesse fazer entender o que se passa na cabeça de cada um nessas situações.

As histórias são impressionantes. A cada cena descrita tentávamos recriar em nossas mentes todo o filme. Acertamos em cheio ao escolhermos apenas o áudio, trabalhamos com a imaginação e não com o cenário pronto.

Para quem tem curiosidade de saber como ficou, segue nosso programa dividido em três partes. Definam quem foi o verdadeiro herói dessa história na opinião de vocês. Nós já tiramos nossas conclusões.

Trabalho de Conclusão de Curso - Jornalismo - Anhembi Morumbi
Produzido por: Lívia Haddad, Leonardo Mesquita, Fabiana Rolfini e Stephanie Borchardt.

Parte 1

Parte 2

Parte 3

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência


E ela está lá.

Todos já partiram, tomaram seus rumos, seguiram seus caminhos. Clichês. E ela está lá. Esperando e esperando. Ansiosa e já sem gosto. As horas não voam como antes. Seguem como se os minutos demorassem horas a passar. Os dedos tocam na mesa em uníssono, inquietos.

Ela se sente deixada de lado. Ela finge acreditar nas desculpas. Por dentro a raiva que fervia seu corpo esfria vagarosamente. Por fora as lágrimas insistem em correr no rosto, como forma de protesto. A respiração é lenta e intensa, como se contasse até dez para recomeçar. Não demonstra o que já sentiu.

Nunca sentiu ingratidão.

O olhar não é mais o mesmo. Agora se vê olhos tristes, mas esperançosos, diferente daquele sombrio e interrogativo de uns tempos atrás. Os movimentos impulsivos deram lugar a calmaria e ao raciocínio. No mínimo é uma tentativa. Basta.

A espera já não a incomoda mais. E nem deve. Não se permite. A tristeza não está mais escancarada. Eu disse que não está escancarada, não que ela não existe. Mas é fato que diminuiu. Passou a acreditar que a fé e a vontade devem ser bem maiores que qualquer coisa. Por isso tem mais força.

Ela simplesmente aprende, observa cada imagem e absorve o que vai lhe ser útil. Ela aprende com os acertos e com os erros. E ela aprende com os erros alheios. Não quer fazer igual. Ela tenta se concentrar. A alegria deu uma pausa. Mas ela não abaixa a cabeça. Ela segue firme, acreditando em energias boas, sentindo uma esperança que arrebata e domina. Ela vai conseguir. Ela luta e vai conseguir!