quarta-feira, 2 de julho de 2014

Só quero saber do que pode dar certo...

"Eu não sei ser mãe, não sei nem cuidar de mim, quanto mais de um ser tão pequeno e que é totalmente dependente pra se alimentar, se vestir, dormir, tomar banho..."

Eu refletia muito isso quando o instinto materno começou a bater na minha porta. Queria muito ser mãe, mas tinha uma imensa preocupação quanto ao como eu seria.

Engravidei, passei por uma gravidez com os altos e baixos (leia alguns dos altos aqui, aqui e aqui, e dos baixos aqui e aqui), mas na média foi um período muito gostoso. 

Quando estava próxima de conhecer a minha Beatriz, não bateu medo, nem ansiedade. Acho que mais porque não deu tempo mesmo, já que ela chegou duas semanas antes do previsto.

Mãe não nasce pronta. Antes de sermos mães, não lemos cartilhas, não somos treinadas, não surge do nada. Nem poderia! Não adiantaria de nada. Aliás, sou muito mais da experiência do que do literalismo.

Tentei ler livros e pesquisar os porquês das coisas e aquilo me deixava mais enlouquecida ainda.

Agora, ali, no momento do parto, quando aquele ser tão minúsculo sai de dentro de você (aqui faço um adendo - pra mim, quando se adota uma criança, a mulher também 'dá a luz', o amor é o mesmo), surge uma nova mulher. Uma nova mulher não, é ali que surge a mãe que você até então desconhecia.

A partir dali você já sabe pegar no colo como nunca imaginou. Trocar fraldas não parece um quebra-cabeça de duas mil peças. Dar banho é um momento prazeroso. Amamentar é revigorante, mesmo que seja deveras cansativo. 

É o momento mágico onde uma chave liga e muda todo seu mundo. Passa a ser uma leoa, capaz de proteger e cuidar daquele bebê de forma excepcional, de forma materna.

Quando minha melhor amiga, a Mari, prestes a ter a Nina, minha afilhada, comentou comigo sobre sua dúvida, se estava preparada para ser mãe, eu pensei: hoje não. Mas na hora certa, daqui a pouquinho, vai surgir em você uma outra pessoa e, esta sim, estará preparada. Me lembro que falei mais ou menos assim:

"Mari, quando a Nina nascer, com ela vai nascer uma nova Mari, que agora você talvez desconheça, mas que vai saber ser a mãe ideal para ela!" - Acho que hoje ela pode até me dizer se acertei ou não.

E não acha que isso quer dizer que logo de cara você vai entender todos os motivos de choro ou angústia! Até hoje, depois de sete meses, quando me perguntam porque Bia chora, tem horas que eu digo: 'eu não sei!'

Mas a verdade é que depois de um tempo a gente sabe o motivo da maioria daquelas lágrimas e consegue resolver aquele desespero bem rapidinho. Quando não se encontra motivos, um abraço, palavras calmas, respiração tranquila e muita paciência! Aliás, paciência será seu sobrenome.

Esses dias olhei para Bia e falei: "O que eu tenho pra te ensinar se é com você que estou aprendendo a cada dia?"

E no fim, tudo dará certo! Mãe que é mãe sabe ser mãe!

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