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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Artigo - Nova escola: o poder da decisão, Padre Samuel Alves Cruz, SDS

As novas normas estabelecidas pela Lei nº 12.796 em 2013 determinaram que crianças brasileiras devem ser matriculadas na educação básica a partir dos quatro anos. Mas a busca por uma nova escola, independente da idade do aluno, sempre gera grande ansiedade nos pais. Por isso, estar atentos a alguns pontos é essencial para que a escolha seja acertada.
As propostas pedagógicas somadas aos serviços oferecidos pelo colégio devem atender às expectativas dos responsáveis. Inicialmente é aconselhado aos pais realizarem uma visita ao local para conhecer a estrutura, o ambiente, os funcionários e alunos. Nesse primeiro momento também é importante tirar todas as dúvidas. Tenha em mãos uma lista com perguntas e curiosidades que você precisa ter ciência.
Uma escola séria deve ter uma Proposta Pedagógica disponível para que os pais se certifiquem de que maneira acontece o envolvimento e a aplicação pelos educadores.
No Colégio Divino Salvador, em Jundiaí (SP), do qual sou coordenador pedagógico, temos implantado o Serviço de Orientação Educacional (SOE), com a atuação direta dos psicólogos escolares, orientação educacional e os auxiliares de disciplina nas questões escolares e familiares dos alunos.
Também é importante avaliar os setores de limpeza e manutenção e outras estruturas oferecidas pelo colégio, como centro de informática, uma biblioteca que disponibiliza com grande acervo para consultas e estudos, os departamentos de secretaria e tesouraria que atendem sempre de maneira dedicada, material didático, assessoria para os eventos.
Outro fator que pode ser decisivo durante o processo de escolha é a existência de uma assistência local para algum imprevisto com a saúde do aluno. Um colégio preocupado com a segurança na entrada, na saída e nas dependências do colégio, a formação dos professores, a qualidade dos processos avaliatórios do aluno, o sistema de ensino utilizado, incluindo a transparência do funcionamento das notas bimestrais, da avaliação da postura do aluno frente aos seus estudos,  os departamentos que assessoram o funcionamento pedagógico e administrativo.
Além de não ser tarefa simples, a escolha de uma escola ideal é uma decisão dos pais que precisa ser bastante discutida, avaliada e analisada. É o início de um novo ciclo na vida das crianças que, futuramente, pode influenciar seus relacionamentos pessoais e profissionais.






Padre Samuel Alves Cruz, SDS, é Diretor Pedagógico do Colégio Divino Salvador, de Jundiaí (SP)

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Artigo: Bullying e as Crianças com Sobrepeso

*Ana Regina Caminha Braga

Bullying é um tema que repercute não apenas no cenário escolar, mas possui desdobramentos noutras instâncias da vida das pessoas. Todavia, é importante consolidar seus conceitos e lutar para o combate de sua progressão no meio escolar. O papel que a escola precisa desempenhar em relação ao bullying com as crianças, em específico nos casos de sobrepeso, é o de amenizar qualquer distância que menospreza ou impossibilita o outro de mostrar o seu potencial.

Como mestre e pesquisadora da Educação é possível compreender que a escola precisa trabalhar e se desenvolver para que a tomada de consciência aconteça de modo geral, desde a equipe pedagógica, o administrativo até os discentes. Por isso, devemos estar atentos para detectar o processo e trabalhar em prol dos alunos vitimizados pelo Bullying. Essa mobilização talvez seja uma alternativa para diminuir tal sofrimento. Cabe também ao núcleo escolar proporcionar aos alunos a participação em feiras culturais, exposições, diálogo com outros colegas e assim por diante, deixando-os mais à vontade no meio.

A obesidade infantil pode ter inúmeras consequências, inclusive na vida adulta. Os problemas de saúde não são apenas físicos, mas também psicológicos. As crianças com sobrepeso têm uma imagem corporal negativa, que leva a uma baixa autoestima; sentem-se ansiosos em relação ao peso, discriminados e estigmatizados por colegas e adultos. Isto tem consequência no comportamento, além da condição de afetar negativamente seu progresso acadêmico e social. Da mesma maneira, o tratamento deve ser multidisciplinar e incluir vários profissionais. É de extrema importância a intervenção na família e na escola, com planos que possam mediar o estilo de vida saudável.

Essas crianças chegam aos consultórios bastante sofridas, e mesmo assim sabemos que a maior parte delas não terá atendimento adequado, e, em alguns casos, nem o reconhecimento da situação. Diante do exposto, a principal forma de lutar para evitar o bullying, é investir em prevenção e estimular a discussão aberta com todos os atores da cena escolar, incluindo pais e alunos. Orientar os pais para que possam ajudar, pois os mesmos devem estar sempre alertas para o problema, seja o filho vítima ou agressor, ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. Em muitos casos é esquecida a prática de cuidar do agressor, este também pede socorro.

Muitas crianças que são vitimas desse ato preferem não frequentar as aulas por medo de serem humilhadas, e outras preferem iniciar dietas milagrosas para adquirir um corpo magro e se adequar ao modelo de sociedade para não mais sofrerem o bullying. O Bullying é um problema sério que precisa ser extinto, com o apoio do colégio, pais e próprios alunos. O culto do corpo perfeito já está contaminando por essa razão as crianças preferem ser magras, a ser saudáveis. Estar em sobrepeso não é ser saudável, no entanto, não é motivo para ser humilhado. E isso requer um tratamento multidisciplinar.



*Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) é escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.









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