quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pra você guardei o amor que nunca soube dar...


Quando eu postei aqui pela primeira vez sobre a gravidez, apenas contei que havia ganhado o melhor presente de aniversário de casamento. Mas nunca contei como tudo aconteceu.

Será que vou conseguir descrever a emoção que senti naquele dia 2 de abril de 2013? Bom, pelo menos vou tentar.

Não foi surpresa, não foi 'sem querer'. Eu e o Luís já tínhamos decidido que era hora de pensarmos no assunto e começar a tentar. Eu parei de tomar a pílula no começo de 2011, mas inúmeros acontecimentos profissionais me fizeram rever a decisão.

Continuei sem a pílula, porque sofri muito para me adaptar sem ela. Inchei, fiquei mal, menstruação atrasou, enfim, os hormônios se revoltaram. Achei melhor ficar como estava para não ter que passar por tudo aquilo de novo.

Porém em 2012, lá pro segundo semestre, voltamos a discutir o assunto. Não foi fácil porque é uma decisão muito difícil e que traz uma responsabilidade imensa. Dá medo! Mas paramos de evitar qualquer tipo de prevenção.

Foram quase 10 meses de tentativas - e olha que eu já estava sem pílula havia quase dois anos! - de exames, de adiantamento na menstruação e até atrasos. Mas nada fazia aparecer as duas listrinhas. Aliás, como eu nunca tinha atrasado, a vez que passou três dias da data para descer eu fiquei super ansiosa. Comprei o exame escondida do Luís e fiz. Chorei. Chorei de soluçar. Não é fácil esperar tanto por um resultado e ele não aparecer. Dá a sensação de culpa, de incapacidade.

No dia seguinte a menstruação veio.

Mas essa revolta acontece por alguns momentos, nos outros eu me lembro exatamente deste post que publiquei no final de maio. Eu sei que temos outras possibilidades e eu me apeguei nisso também.

No fim de março o Luís começou a contar comigo os dias. Foi um mês que seguimos a risca a dica de "tentar dia sim, dia não" e, por isso, ele ficou atento a regularidade da minha menstruação. Legal a participação dele neste sentido. Sinal que estávamos super em sintonia. 

Era feriado de Páscoa e atrasou um, dois dias. Ele já queria passar na farmácia, mas não queria passar pelo desespero de ver uma listra só de novo. Esperamos mais dois dias e eu mesma comprei o exame - claro que ele já estava impaciente e ansioso para saber de uma vez se tinha dado certo ou não - e cheguei em casa tremendo.

Corri pro banheiro e após alguns segundos começo a gritar:

- Luís!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Luís!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu não acredito!!!!!

Choro, dou risada, meu rímel me faz parecer um panda (só que não tão fofinha quanto um), e o Luís aparece, vê o resultado, ri e fica atônito e só consegue dizer:

- Hum... é... vou terminar de lavar a louça...

Ok, não é o que esperamos, mas realmente é muito louco, confuso! Eu pedi pra ele comprar "pelo amor de Deus" outro exame para termos certeza mais que absoluta.

A segunda listrinha era bem clarinha, mas eu já tinha lido o suficiente sobre o assunto para saber que isso significava positivo.

Naquele dia não falamos mais nada aprofundado sobre o assunto. Eu deitei e não dormi a noite toda! Às 6 horas da manhã já estávamos no laboratório para fazer o exame de sangue. Mais um positivo. Aí foi só esperar a noite para dar a notícia para os novos vovós e titios. Emoção incrível.

Eu acho que independente de qualquer coisa, esta foi a minha experiência. Eu imagino que cada gestação, cada adoção, cada ser novo que vem pra nossa casa nos traz uma emoção única, forte, indescritível. A ideia é não desistir.


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Um comentário:

  1. Li poucas revelações de gravidez e a sua foi muita emocionante.
    Espero que a minha próxima tenha este tom tão bom quanto a sua.
    Beijos!

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