
Acredito que vivemos lutos por diversos motivos. O luto de perder uma pessoa querida, o luto pelo afastamento de alguém e aquele luto da perda material.
Quando criança, sempre tive uma dificuldade imensa de me desapegar de objetos, bilhetes, roupas, coisinhas que eram muito importantes pra mim. Sentimentalmente, muito mais do que pelo valor monetário. Depois de um certo tempo fui ficando intolerante com esse tipo de 'acúmulo' e fui me livrando cada vez mais das inúmeras coisas que acabavam lotando armários e gavetas.
Esta semana passei por algo mais forte. Tive que me despedir de um apartamento. Nunca pensei que seria tão difícil dar tchau, olhar pela última vez, um canto que foi meu por tanto tempo. Vinte e cinco anos! Sempre que me mudava (por estudo ou casamento), eu tinha a segurança de ter aquele ninho pronto pra mim no meu retorno, nas minhas visitas. Ainda era muito de mim que morava ali.
Fiquei dias refletindo sobre isso, mas fiquei pensando muito sobre o que eu quero passar desses valores para minha filha. Não quero que ela coloque o emocional acima do racional o tempo todo, mas não posso exigir que só seja racional (que machucaria menos, talvez?). Quero mostrar que mudanças são necessárias e importantes para o nosso aprendizado.
As inúmeras histórias que tenho para contar desse lugar ficarão na minha memória, nos bate papos com antigos vizinhos e amigos de infância. Passamos por momentos maravilhosos, outros muito mais difíceis. O coração aperta ao relembrar de
Mas é hora de partir, de deixar novas pessoas contarem um enredo diferente com aquele cenário tão especial. "Que quem more aqui tenha uma história tão legal como a que eu tive", foi meu pensamento ao me despedir.
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