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quarta-feira, 4 de maio de 2016

Fase da birra



Quando a gente acha que aquela fase difícil passou, vem uma nova versão do game e mostra que existem novas fases muito mais complicadas!

Os primeiros meses de adaptação, as cólicas, os dentes, a escola, os primeiros passos, os tombos, as doenças, os pitacos alheios... Ops! Os pitacos não são fases, são frases que nunca param de ser ditas.

Só sei que a Bia entrou definitivamente naquele "terrible two", dando seu showzinho particular e, muitas vezes, fazendo a gente enlouquecer e se segurar muito para não entrar na onda dela.

Já entrei? Já! O pai entrou? Xi... nem sempre é possível aguentar o drama por muito tempo e, dependendo do nosso estado emocional, acabamos entrando no jogo dela de forma errada.

Bia já se jogou no chão, está com mania de bater e mostrar a língua, birrenta mesmo. Não faz o que eu quero? Então vou te mostrar quem manda aqui! E muitas vezes nos desdobramos pra aquele chororô parar logo.

"Gente, o que os vizinho vão pensar??? E esse povo na rua olhando como se fôssemos péssimos pais???"

Um dia, depois de um estresse gigante lá em casa e de pesquisar sobre essa 'terrível fase dos dois anos', sentei com meu marido e conversei.

É uma fase e vamos ter que passar por ela. Quanto mais nos estressarmos, cedermos, brigarmos, pior vai ser! Nossa casa será uma loucura, mas daquelas ruins, chatas, amargas de se viver. Ou nos unimos e damos um jeito nisso ou vai ser um Deus nos acuda.

Essas birras se assemelham às de pré-adolescentes! Eles querem ter razão, acham que as têm e fazem aquele drama se são contrariados.

O ideal é deixá-los fazendo drama sozinhos. Quanto mais plateia, mais vão se achar na razão de chorar, gritar ou espernear. Hoje nós fazemos de tudo para esperar passar esse primeiro momento e depois sentamos e explicamos tudo para ela, o que é errado, o que é certo, porque machuca, porque não pode... 

Muitas vezes também percebemos que as trocas são interessantes. Quando ela não quer escovar os dentes, brincamos com ela falando: "nossa, já pensou que legal escovar os dentes em cima da bicicleta?" ou então "você vai comer isso, mas precisa escovar os dentes" ou ainda "vamos tomar banho porque depois vamos bagunçar na sala"...

Geralmente funciona.

Esses dias deixamos ela, pela primeira vez, de castigo. Ela desafiou, claro! Mas foi muito melhor do que esperávamos. Com o tempo a gente vai se acertando. Com calma, paciência e muita dedicação as coisas vão voltando ao eixo!




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sexta-feira, 5 de março de 2010

Pensamentos soltos traduzidos em palavras


Cada vez mais paro para pensar em mim, em como eu sou, em como eu ajo.

As vezes fico surpresa comigo mesma. Gosto de ajudar. Ontem mesmo, saindo do metrô São Bento, vi um deficiente visual indo para sabe-se lá onde. Ele estava perdidinho naquela estação. Como eu sei?! Caramba, ele estava quase batendo na parede! Fiquei revoltada! Não é a primeira vez que eu vejo alguém com dificuldade no metrô. E não é a segunda! Ah, com certeza não será a última.

Chego perto do senhor, encosto nele - afinal, ele precisa saber que é com ele que eu estou falando - e pergunto se ele precisa de ajuda. A resposta foi de bate-pronto: "SIM!!!" e eu dou meu cotovelo e descemos a escada rolante até encontrar alguma outra boa alma do local para passar a catraca com ele. Ele nem precisava agradecer. Eu fiz o que deveria ser obrigação de todos.

(Adendo: se alguém estranhou o fato de eu ter dado o cotovelo para o "cego", acreditem, eu fiz o certo. Para um dos trabalhos da faculdade visitamos a Laramara. Uma associação muito legal que apoia a inclusão dos deficientes visuais.)

Vídeo Institucional da Laramara (clique)

Da porta do metrô até chegar na minha mesa de trabalho, caminhei leve, com a sensação de que tinha servido para alguma coisa. É uma boa sensação! Tão boa que comecei a despejar cada segundo do que aconteceu para quem estava por perto. Só uma pessoa parou pra me ouvir... aí...

Aí que eu percebi que eu também preciso me conter.

A única pessoa que parou para me ouvir estava prestando mais atenção em mim do que no trabalho e, por fim, perdeu todo o arquivo que tinha separado durante a manhã. Fiquei me sentindo mal. De um minuto para o outro, a história feliz de quem tinha acabado de fazer uma boa ação passou para a história triste de quem acabou de fazer alguém se ferrar.
E em qual das situações eu deveria pensar mais!?

Resposta: NAS DUAS! É óbvio.

Tenho que controlar meus sentimentos, meus pensamentos e, principalmente, minha língua.
Estou passando por uma fase de transição muito grande. E me sinto forte e responsável o suficiente pra isso. Queria ser de ferro, mas ainda não sou! E quer saber? Ainda bem!