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quarta-feira, 29 de março de 2017

Mãe de primeira viagem, vamos conversar sobre medo


Muitas amigas vêm me contar sobre o medo que surge quando a hora do parto vai se aproximando. 

Vamos ser sinceras: ninguém nasce sabendo! Ser mãe também não é algo que você vai sair fazendo antes de ter os seus filhos. Você pode ter o dom, a vontade, ser tia, madrinha ou até professora, mas quando chega sua a hora de ser mãe bate medo, insegurança e até (porque não?) um desespero!

Calma! Senta aí, respira fundo e apenas leia!

Você não sabe ser mãe. Ainda! E não tem manual que vá te ensinar como ser uma antes de parir. Então é normal ter medo do que é novo!

Mas te digo com uma certeza absoluta: assim que você parir, uma chavinha chamada MÃE dentro de você vai virar e aí seu instinto materno vai te mostrar que você nasceu para isso!

E fique firme se, quando nascer, você não amá-lo logo de cara! Não se sinta mal! Talvez demore um pouco para você reconhecer aquele ser, que embora tenha ficado tanto tempo no seu ventre, não deixa de ser uma pessoa estranha, nova! 

Mais uma vez, a novidade nos assusta. E é normal

E mesmo que você não reconheça aquele ser minúsculo logo de início e tudo pareça muito amedrontador (ou estranho), acredite: o amor vai bater quando você menos esperar (e não vai demorar) e é aí que você sentirá seu peito explodir com um sentimento que parece não caber dentro do seu coração! Talvez vire lágrimas ou sorrisos largos ou vontade de ficar só olhando. Independente da forma que for, vai ser emocionante!

E cada mulher é uma! Nunca se compare com outra mãe!

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

If every word I said could make you laugh I'd talk forever



Já se passaram dois meses e meio da maior virada da minha vida. E por ser tão grande, acarretou em inúmeras mudanças.

Minha filha sofreu de cólica desde seu primeiro dia de vida. Na maternidade, sua segunda madrugada foi em claros, aos berros. Eu e o Luís, pais de primeira viagem, e completamente inexperientes, não sabíamos o que fazer com aquele choro todo e, pelo visto, nem as enfermeiras, uma vez que chamaram a pediatra de plantão para avaliar aquela coisinha pequena que se sentia tão mal.

O diagnóstico: "Ela tem cólicas. O sistema digestivo dela ainda está amadurecendo e isso pode durar três meses... alguns bebês pra mais, outros menos..."

Tão pequena, tão indefesa e já com tanto sofrimento. Isso destrói o coração de qualquer mãe - e pai - sem sombra de dúvidas!

O quarto-semestre de gestação
O que eu não sabia - antes engravidar - é que a ''gestação" dura quatro trimestres. O último período - ou extero-gestação - é fora da barriga da mãe, onde o bebê ainda está terminando de se formar e se acostumando a ficar fora do 'conforto' do ventre materno. Por isso ele pede muito colo, carinho, atenção e paciência.

E confesso que foi com a Beatriz que aprendi o que é paciência. Não foi fácil aguentar o choro da minha menina, com tantas dores. Foram remédios (todos com prescrição médica!!!), colos, muitas tentativas de acalmar. Certo é que chegou um momento em que chegava a noite e eu dava o tal Colic Calm, um remédio gringo, que deixava a pequena melhor pra poder dormir.

Só que as dores não tinham horários certos e duravam muito tempo. Eu que era toda contra dar remédios pra um ser tão minúsculo acabei mudando o conceito e larguei mão! Remédio sim! Pra que deixá-la sofrer tanto???

Depois resolvi entrar com homeopatia, o que deu uma boa melhorada. Por fim, acabei com a lactose da minha dieta. Foi o melhor dos mundos!!!!! Graças a Deus a minha pequena não tem APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca), mas ela tem uma certa intolerância que dificultava a digestão e, por isso, tantas dores e contorcionismos.

Mudanças
Mudei meus hábitos, mudei de endereço. Desde que o Luís voltou a trabalhar (após cinco dias de licença), vim morar com meus pais, para que pudesse ter um suporte na hora dos cuidados com a pequena. Foi minha salvação! O que era pra durar uns dias acabou se tornando quase três meses! 

Fui um pouco criticada, mas só quem conheceu as crises de cólicas da minha filha pode saber o quanto foi necessária esta mudança temporária. E o principal foi ter o apoio da família e do meu marido, que me deu um suporte que talvez nenhum outro desse.

Crise
Logo no início do ano, após um mês e meio de vida da pequena Beatriz, me lembro bem, era segunda-feira. Ela chorava o dia todo. Eu chorava com ela. Estava exausta, mesmo com ajuda dos meus pais. 

A noite, após sua 'soneca' de três horas, acorda, mama e dorme? Não... acorda, mama e chora... chora muito, desesperadamente. Viro de um lado, de outro, levanto, deito, dou remédio, canto... nada. Nada acalmava, nada adiantava e minhas forças estavam indo pro ralo.

"Que mãe sou eu??????? Sou tão ruim assim??? Não sirvo pra isso??? Queria tanto ser mãe e olha o que eu to fazendo!!! Ela tá sofrendo e eu não consigo fazer mais nada!!!!"

Desespero bateu gigante. Deitei no sofá com ela no colo. Ela chorava, eu chorava... e, as duas largadas, chorando muito, me vi a pior mãe do mundo.

Me culpei com nunca na vida! Não foi fácil.

O Luís queria ajudar, mas não deixei. Ele trabalha em outra cidade e precisava descansar. Seriam duas preocupações.

Minha mãe aparece na sala, tira a Bia de mim e me manda deitar. Disse que eu tinha que descansar. Ela viu que eu tinha chegado no auge do cansaço. Entrei no banheiro e chorei, como criança, de soluçar. Fiquei trancada alguns minutos. Saí, tomei um copo de água com açúcar e fui deitar.

Minha cabeça naquele choro de bebê, sofrido... Mas ela não chorava mais. O som que ecoava no meu ouvido já era coisa da minha cabeça. Fui atrás e não encontrei nenhuma das duas. Elas foram pra suíte dos meus pais e me deixaram de fora.

Dormi. Pouco, mas dormi. E quando levantei as duas estavam acordadas... Mal dormiram uma hora naquela noite. Meu corpo todo doía como se eu tivesse sido pisoteada. Naquele dia eu e Beatriz ficamos na cama, dormindo manhã e tarde inteiras. Acabadas.

Tudo passa
Depois com o tempo as coisas vão se ajeitando. Dou graças a Deus de ter uma família tão parceira. Faria tudo de novo e, tenho certeza, eles também! Hoje tenho força e acredito que isso acontece com muitas mães. Parece que não tem fim, mas tem sim!!! 

E se uma hora você precisar gritar, chorar, correr pra um canto. Faça... mas acredite que é só uma válvula de escape e tenha sempre pessoas que te amam por perto, pois elas serão importantes demais pra sua recuperação.

Outra coisa, quem passa por tudo isso sozinha, parabéns! Você é uma heroína! 

Ah, e fica a dica: AINDA ASSIM, VALE A PENA SER MÃE!




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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Ela é o meu amor... eu sou o amor todinho dela!

Amanhã fará um mês que minha vida mudou completamente! Beatriz mal chegou e já me ensinou tanta coisa! Acho que muito mais que nascer um bebê, nasceu uma mãe (leiga), mas muito diferente da Lívia de antes!

Por isso resolvi fazer aqui uma lista sobre o aprendizado que venho tendo, colocando algumas situações que vivenciei neste mês mais que especial.


- O parto é emocionante, principalmente ao ouvir o chorinho dela. Chorei, sorri, senti algo inexplicável;

- Percebi que amar seu bebê não acontece de imediato! Eu a via como uma pessoa estranha, que eu não conhecia! Mas isso aconteceu aos poucos, com o passar dos dias;

- Quando você sente o amor pela cria, aí sim ele explode que não cabe em mim. E só de olhar aquela perfeição já meus olhos se enchem de lágrimas;

- Peguei birra (MUITA) de pessoas que ficam no meu pé dizendo o que fazer, o que é, como é, como fazia na sua época. Palpites e pitacos não ajudam, só irritam;

- Eu não tinha jeito nenhum com criança, mas pegar, trocar e dar banho na minha filha fez parecer que eu já tinha experiência de anos;

- A ajuda e parceria do pai é fundamental, mas como tudo é novidade, não é difícil que algumas crises ou desentendimentos aconteçam. Só que é importante lembrar que tudo é pela nossa filha, aí as coisas se acertam;

- A gente muda os planos para facilitar a vida. Depois da alta médica, ficamos cuidando da Beatriz sozinhos, eu e Luís. Porém, assim que o marido voltou pro trabalho, fiz uma pequena mudança pra casa dos meus pais para ter ajuda deles nas primeiras semanas. (Ok, vai fazer um mês que estou aqui e não tenho noção de quando voltar, mas hoje estou muito mais segura pra voltar do que quando vim);

- Ter minha mãe por perto me fez muito bem! A paciência dela me deu segurança, além da força que ela tem nos dado, pegando a Beatriz principalmente quando já não temos mais braço pra niná-la, inclusive de madrugada;

- A paciência vem com o tempo, e as vezes vai com ele também. O choro da Beatriz as vezes me faz chorar junto - ver aquele biquinho fazendo beicinho é de cortar o coração. Mas realmente vamos aprendendo aos poucos a entender o que significa cada "buaaa" e quando não sabemos o que é, damos o peito. Dar de mamar é uma grande válvula de escape;

- Chorar muito por qualquer motivo e sem saber como explicar é normal no pós-parto. Tive medo de depressão, pois tinha dias que eu chorava muito por qualquer coisas. Mas descobri que existe mesmo o tal "blues puerperal" e que as pessoas provavelmente não vão entender que a tristeza não é pelo bebê, é apenas uma confusão dentro da gente;

- É cansativo e já deu vontade de 'largar mão' numa madrugada em que nada acalmava a pequena, mas durou um segundo e logo me senti culpada pelo pensamento ruim;

- Ser atingida por um bombardeio de cocô no meio de uma troca de fralda pode ser muito engraçado, ainda mais quando o papai está perto para presenciar a cena;

- Pedir pra ela fazer xixi ou cocô em você enquanto carrega para o banho para que não faça na banheira é normal e muitas vezes ela faz mesmo. E eu não ligo;

- Comemorar um pum, um peido, um cocô ou um arroto se torna a coisa mais normal do mundo! Ninguém quer um bebê chorando de cólica;

- Com menos de um mês já compramos mais de cinco remédios para ela, a maioria para cólica;

- Eu achava que a chupeta era uma coisa muito fácil de se pegar. Descobri que bebês não gostam! Como é difícil fazê-la acostumar;

- Pedir pra que o primeiro mês passe logo e, quando ele chega, já pedir pro próximo passar logo também foi normal, mas ficar com medo do tempo passar rápido demais é angustiante;

- Penso muito no dia que eu terei uma noite inteira de sono, porque o que mais me cansa em todo o processo é acordar a noite toda, de duas em duas horas pra dar mamar e esperar arrotar;

- Dormir de barriga pra baixo é muito bom e eu tava com saudades;

- Dormir sempre que a bebê dorme não é tão simples, uma vez que você tem suas coisas pra fazer, além de arrumar todas as coisas da cria;

- Inventar músicas e histórias pra acalmar a pequena se torna muito mais fácil;

- As vezes olho pra Beatriz e penso se ela sabe que sou a mãe dela. Tem horas que acho que ela não tem essa noção, outras ela só acalma quando está no meu colo;

- Não consigo mais cantar a música Você, do Tim Maia, que eu cantei durante toda a gestação, sem ficar com um nó na garganta tamanha a emoção;

- Tudo, mas tudo mesmo, é motivo de pesquisar no Google. O que pode ser um perigo por um lado, me tira muitas dúvidas também;

- Na gestação eu tinha noção do carinho das pessoas por mim e pela minha filha. Mas após seu nascimento eu fiquei ainda mais emocionada com o dimensão de tudo isso! Em nome da minha família, muito obrigada a todos!

Por enquanto é isso! Espero que não me achem doida com este post!!!

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