quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência


E ela está lá.

Todos já partiram, tomaram seus rumos, seguiram seus caminhos. Clichês. E ela está lá. Esperando e esperando. Ansiosa e já sem gosto. As horas não voam como antes. Seguem como se os minutos demorassem horas a passar. Os dedos tocam na mesa em uníssono, inquietos.

Ela se sente deixada de lado. Ela finge acreditar nas desculpas. Por dentro a raiva que fervia seu corpo esfria vagarosamente. Por fora as lágrimas insistem em correr no rosto, como forma de protesto. A respiração é lenta e intensa, como se contasse até dez para recomeçar. Não demonstra o que já sentiu.

Nunca sentiu ingratidão.

O olhar não é mais o mesmo. Agora se vê olhos tristes, mas esperançosos, diferente daquele sombrio e interrogativo de uns tempos atrás. Os movimentos impulsivos deram lugar a calmaria e ao raciocínio. No mínimo é uma tentativa. Basta.

A espera já não a incomoda mais. E nem deve. Não se permite. A tristeza não está mais escancarada. Eu disse que não está escancarada, não que ela não existe. Mas é fato que diminuiu. Passou a acreditar que a fé e a vontade devem ser bem maiores que qualquer coisa. Por isso tem mais força.

Ela simplesmente aprende, observa cada imagem e absorve o que vai lhe ser útil. Ela aprende com os acertos e com os erros. E ela aprende com os erros alheios. Não quer fazer igual. Ela tenta se concentrar. A alegria deu uma pausa. Mas ela não abaixa a cabeça. Ela segue firme, acreditando em energias boas, sentindo uma esperança que arrebata e domina. Ela vai conseguir. Ela luta e vai conseguir!




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