sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vamos viver tudo o que há pra viver!

Tenho andado numa fase que penso o quanto me sinto jovem. Mas aí aparecem uns cabelos brancos que, definitivamente, ainda me assustam.

Ontem, ao me olhar no espelho, me deparei com dois fios bem aparentes, que me fizeram sentir realmente medo de envelhecer. Mas não é aquele medo de ficar velha. Soou confuso, eu sei.

Fico preocupada em não aproveitar a vida como posso e como devo. De ver o tempo passar e não ter conseguido realizar coisas. 

Ok, não vou ser hipócrita, tenho medo do cabelo branco, das rugas. Acho que a velhice vem com uma carga muito grande de experiências vividas que são válidas para as futuras gerações. E essa carga fica estampada no rosto, nas mãos. É visível.

Vou confessar que não tenho este medo só por mim. Ah, chega de falar em medo! É uma angustia. Algo inexplicável. Ou talvez eu que tenha medo de assumir para mim - e para vocês - a verdadeira explicação. 

Quando meu avô Carlos Massa era vivo, eu adorava ficar com ele. Quando criança era por conta dos chocolates e balas que ele fazia questão de comprar, principalmente pras princesas dele (eu e a minha prima mais velha, Flávia). No seu último Natal conosco, em 2002, na minha cidade natal Muzambinho, pude passar - sem brincadeira - umas duas horas conversando com ele. Aquela pele enrugada, aqueles olhos azuis, aquele cabelo branquinho na pele morena, aquele ar cansado e a felicidade de me contar toda a vida dele.

Ficamos só nós dois conversando. E foi lindo. A minha maior recordação dele. 

Sinto não ter gravado toda aquela história de luta. Seria motivador para minha vida hoje. Quem sabe não daria um livro? Passou. Mas o importante é que eu vivi aquele momento.

Talvez este seja meu medo: viver sem histórias boas, sem vitórias, sem conquistas. Mas é bom eu ter escrito tudo isso, porque me fez ver que ainda dá tempo de viver!




Vô Carlos me segurando no colo e minha tia Adriana

2 comentários:

  1. Pois é Livia,
    a vida passa muito depressa, e a gente não tem essa noção desse tempo em que sofre por qualquer coisa, se irrita, desespera, magoa, chora, briga... por nada...
    Se a gente pensasse sempre nisso, procuraria viver muito mais relaxada, calma, em paz.
    Falar coisas boas pras pessoas, sorrir, dizer o quanto elas são importantes, dar um abraço, falar de coisas boas, alegres, isso faz o tempo valer a pena.
    bjão

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  2. Acho difícil equilibrar duas coisas: aproveitar a vida e fazer tudo que puder e deixar as coisas correrem no seu ritmo.
    Beijos!

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