sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Mais amor, por amor!


Ah, o ser humano!

Hoje minha cidade, Jundiaí (SP) acordou com uma ressaca brava depois de um temporal que fez bastante estrago.

Como faço diariamente, saí de casa para levar a Bia para a escola, mas especialmente mais devagar porque o trânsito estava lento, algumas ruas estavam intransitáveis e muitos lugares estavam tentando mensurar prejuízos e quantidade de água que entrou nos estabelecimentos.

Uma antiga loja que ocupa um grande espaço numa ótima localização da cidade, e que estava abandonada há bastante tempo, caiu no meio da rua. Essa estava interditada e eu não passo por ela, mas cruzo uns quarteirões acima.

Esta foto foi tirada quase uma hora depois da batida, em outra rua,
quando o trânsito estava totalmente parado (assim como meu carro)

Cruzei a rua, dei aquela olhadinha curiosa e logo me voltei ao trânsito. Parei. Mas aparentemente não foi o que aconteceu com a moça (simpática - SQN) que estava atrás de mim e, claro, bateu!

Saí espumando, tal como ela (que no caso estava errada!) e começamos a trocar discussões do tipo "estou com criança no carro", "eu estou levando minha mãe pro hospital!", "tem que prestar atenção na rua!".

Dois senhores que estavam na esquina tentaram acalmar, sem saírem dos seus lugares. "Não aconteceu nada".

Fui olhar. Não tinha acontecido nada, só uma placa amassada e um susto. Fui tentar ser mais amistosa e dar a mão pra ela. "Moça, não foi nada, hoje é sexta, vamos ficar em paz. Não precisamos disso não é?"

E o que ouvi depois foram palavras emotivas. "Tenho (sei lá quantos) filhos! Minha mãe tá doente! Tenho dó da sua filha de ter uma mãe como você!"

Oi???????? Tem dó da minha filha???????

Eu tentei ficar calma (sério, não sei de onde... ou melhor, sei! Deus estava ali naquele momento e isso era muito certo porque, olha, só por Ele!!!) "Moça, calma, fica com Deus!"

Ela entrou no carro dizendo mais bobagens. Eu entrei chateada, olhei pros senhores e disse: "Eu tentei...."

Ela abaixou o vidro e disse mais sei lá o que para esses mesmos senhores. Eu também abaixei o vidro e gritei: "Fica com Deus!"

Tentando manter a calma depois de tanta manifestação de ódio, levei a Bia para a escola ouvindo perguntas como "Por que a moça bateu no nosso carro?" e tentando explicar tranquilamente que foi um acidente, que ela não estava prestando atenção, que não tinha acontecido nada e que quando a gente diz para ela que não dá pra fazer tudo o que ela quer quando estamos dirigindo, é pra não acontecer coisas como essa.

Resumo: não sei o que há com a vida dessa moça, os problemas dela. Agora os seus erros e suas dificuldades não justificam ela vir me acusar de boa ou má pessoa! (ainda mais me julgando como MÃE!!!!) E estou me perguntando até agora: O que está acontecendo com o mundo? Por que tanta amargura no coração? É assim que a sua vida vai melhorar? Por que tanta ruindade, tantos ataques?

Hoje já pedi saúde pela mãe dela e, novamente, paz para seu coração! Porque, mesmo que não pareça - porque eu chorei muito depois de ter deixado a Bia na escola-, ela disse coisas horríveis para uma pessoa forte. Se ela falasse essas mesmas coisas para uma pessoa fraca, podia ter sido muito pior!

E quem tem que me falar se sou uma boa ou má mãe é só uma pessoa: a Bia. E eu já sei a resposta dela! É o que me basta!

2 comentários:

  1. Tu te preocupas demais com a opinião dos outros. É coisa para ser ignorada, só faz mal pra ti.

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  2. Puxa, que chato! O mundo está de cabeça para baixo mesmo... e o pior, nossa sociedade está criando cada vez mais pessoas assim: impacientes, raivosas, que praticam maldades e bullying, preconceituosas... não sei onde vamos parar! Lívia

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