segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Minha filha mais velha e a segunda gravidez, por Mariana Fiuza

Mariana é mãe da Nina e da Martina, minha melhor amiga e a pessoa que me permitiu fazer parte da vida dessas duas meninas como sua madrinha!

E quando a vi na grande preocupação em como Nina reagiria quando a irmã nascesse e como ela e seu marido deveriam agir nesse momento, percebi que muitas outras mães passavam por esse questionamento.

Eu pedi e, claro, a Mari veio contar como foi sua experiência!

Minha filha mais velha e a segunda gravidez
Por Mariana Fiuza



A minha segunda gravidez foi superplanejada, assim como a primeira. O bebê ia nascer com uma diferença de 2 anos e 3 meses da mais velha, exatamente como queríamos. Mas na minha cabeça as coisas ficaram um pouco confusas….

Desde o início da gravidez sentia uma certa culpa por “destronar” a minha filha Nina tão cedo, e quando a hora do parto foi chegando, a preocupação crescia.

Nós já tínhamos percebido que ela estava entendendo tudo o que estava se passando, mas tínhamos a impressão que ela não gostava muito da ideia. Enfim…. ela sempre foi uma criança reservada, então foi a impressão que passou.

Quando estávamos fazendo as malas pra maternidade, já na reta final, veio a duvida: e a Nina? Como vamos fazer com ela? Até aquele momento, ela nunca havia dormido sem eu ou o pai. Sempre o meu marido fez questão de colocá-la para dormir. Por isso, fiquei preocupada dela perceber a nossa falta durante dois ou três dias que estaríamos na maternidade. Além disso, fiquei super apreensiva de como seria a reação dela ao conhecer a irmã.

O dia do parto foi uma surpresa. Fui para uma consulta de rotina, junto com meu marido e com a Nina, e o medico falou “você está com 5 cm e não está com nenhuma contração? Corre o risco de quando ela der os sinais você ja estará pronta pra parir…. e se vc estiver na estrada?” 

Decidimos então por induzir o parto aquela noite, depois que fizéssemos tudo o que tínhamos planejado para o dia. Nesse momento eu estava nervosíssima: primeiro porque não queria induzir o parto, queria que ele fosse normal, na hora certa; segundo porque estava sim com receio de não induzir e parir no fretado. Enquanto todo esse pânico estava passando pela minha cabeça, eis que a Nina, de mãos dadas comigo, vira e fala “mamãe, a Martina está nascendo, né?” 

Pronto! Agora além do pânico vem a culpa de novo. Ela entendia tudo! 

Decidimos por induzir aquela noite mesmo, a Martina nasceu dia 21. Já no dia 22 de noite, depois da escolinha a minha mãe levou-a para me visitar. Ela (minha mãe) levou um presentinho pra Martina dar para a Nina. No fim, ela adorou o presente de primeira e não deu muita bola pra irmã.

Mas um tempinho depois ela ficou do meu lado enquanto a gente trocava a fralda e ela ficou olhando e falando “olha o pezinho dela mamãe…” no fim, tudo acabou bem.

Lógico que rolou um ciuminho quando chegamos em casa. Foram algumas semanas de birras que nunca tínhamos visto! Mas passou. Hoje ela gosta muito da irmãzinha, quer ficar sempre junto, dar beijinho quando chega da escola e quando vai dormir e sair….

Ah, sobre como foi dormir longe do papai e da mamãe: no final, o papai voltou todas as noites pra colocá-la pra dormir e só depois que ela adormecia que ele voltava pra maternidade pra ficar comigo. Pai babão….

Se você também quer compartilhar sua experiência como mãe ou como pai, envie um e-mail para contato@leidagravidez.com.br e conte-nos sua história. É importante você enviar uma ou mais fotos com autorização de imagem para publicação.

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