Dando continuidade ao post anterior, vou falar sobre a segunda semana de adaptação da Beatriz na escola.
Quando voltei a trabalhar, meu combinado com minha mãe foi que ela ficaria com minha filha até o primeiro aniversário. Depois disso eu a matricularia na escola, a princípio por meio período e, dando tudo certo, colocaria no integral.
Na última postagem registrei os primeiros cinco dias da adaptação. Aqui seguem os dias seguintes.
6º dia:
Deixei Beatriz na porta da escola novamente... chorando, ela de lá, eu de cá. Ainda que estivesse com os olhos marejados, não deixei cair uma lágrima sequer, pois minha força seria muito importante naquele momento. Esperei por três longas horas e fui buscar. No portão já escutei seu choro e um aperto no peito. "Filha, já estou aqui... não chore", pensei em segredo. Quando entrei para pegá-la, me garantiram que aquele choro era só por causa de uma troca de fralda e que o resto do período ela ficou muito bem. E eu acredito! Uma porque trocar a fralda da Bia as vezes é uma missão difícil mesmo, outra porque se colocar muita minhoca na cabeça é pior.
7º dia:
Bateu insegurança, mas o trabalho ajuda a distrair. Pensar se aquilo é o certo, ideal e necessário é inevitável. Mas eu preciso passar por isso forte e mostrar para ela que está tudo bem e que eu volto para buscá-la sempre!
8º dia:
Uma reunião me impediu de levá-la naquele dia, deixando a função para meus pais (santos pais!!!)... Soube que ela chorou muito na porta da escola. Ninguém gosta de saber que o filho está chorando e o instinto maternal pede que você aja como uma leoa e proteja de qualquer mal. Mas neste caso não dá. Foi um dia em que desabafei com minha mãe da dificuldade que era passar por aquele processo e ela relatou: "todas nós passamos uma hora ou outra... eu tive que deixar vocês com quatro meses de vida". É por isso que insisto: precisamos ter muita força de vontade.
9º dia:
Já passou a ser normal deixá-la na escola e só voltar no horário normal para buscá-la. Parece que as coisas vão entrando no eixo, a situação passa a ficar dentro do normal.
Beatriz ainda chora quando a deixo na escola, mas quando volto ela está sempre com soninho e abre um sorrisão ao me ver. É uma delícia sentir que você é a proteção e a alegria de quem ama. Não é um processo fácil para os bebês e, menos ainda, para nós. Minha filha reagiu assim, dentro do esperado para quem recusa ir no colo de estranhos. Eu mantive minha força interna e a certeza de que aquilo era necessário para que não entrasse em paranoia.
E confesso: muitos dos picos de choro também foram somados a insuportável mudança de humor causada pela minha TPM.
Dicas de mãe:
1- Ouvir o choro do bebê e não poder confortá-la é terrível, mas é preciso lembrar sempre que quem escolheu a escola foi você e que, por isso, você acredita que ela está com pessoas boas. Se você não tem confiança nas 'tias', não faz o menor sentido entregar seu filho a elas.
2- Quando não escutar o choro, a curiosidade para saber o que está acontecendo parece ainda maior! Mas é bom pensar que está rolando a maior farra!
3- Pensar se está com frio, com fome, com sede, fralda suja é normal. Preocupações de mães. O ideal é sempre deixar registrado para as cuidadoras alguns pontos que você considera importantes que elas observem.
4- No caso da escola da Bia, eu mando os alimentos pra ela consumir e na hora do lanche eles meio que dividem tudo entre a turminha (que é pequena). Então eu resolvi que sempre que puder, mando algumas coisinhas em quantidade maior para que todos que queiram frutinha ou um biscoito possam aproveitar também.
5- Se seu filho tem alguma restrição, deixe isso bem claro. É importante que a escola saiba exatamente sobre isso.
O mais importante é saber que cada criança reage de um jeito. A Bia não é de ir no colo de outras pessoas, então pra gente é um fator que causou certa dificuldade. Até pegar confiança leva um tempo, mas não desanimem nem fiquem com medo. O que quero passar pra vocês com tudo isso é que é preciso esforço dos dois lados e que eu acredito que vai valer a pena!
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Because maybe you're gonna be the one that saves me...
Hoje vou contar em forma de diário todo processo de adaptação da Beatriz na escolinha. Como o processo demora alguns dias, vou dividir o post em dois para que possa detalhar para vocês as situações que vivenciei.
A adaptação começou semana passada e, ao que tudo indica, deve finalizar até o fim desta semana, mas isso varia muito de criança para criança, de mãe pra mãe, de escola para escola.
A saber: Quando fiz a matrícula, ela teria idade (1 ano e 2 meses) para ir para o berçário. Porém sua evolução nos últimos dois meses foi tamanha que, por já andar e ter um certo tipo de 'independência', ela vai direto para um grupo chamado 'mini-maternal'.
1º dia:
Ficamos durante uma hora brincando com a 'tia', eu tentava ficar fora do campo de visão para que ela não me visse, apesar de não ter sido solicitado que eu fizesse isso. Em nenhum momento ela procurou por mim, chorou porque bateu a cabeça, mas vi que não foi nada demais e logo passou, em pouco tempo a tia já tinha distraído novamente.
2º dia:
Tive uma reunião em São Paulo e, para não perder o dia, pedi que minha mãe a levasse. Já que estava acostumada com a avó, acreditei que seria quase a mesma coisa, mas isso também pode ter sido um problema: por ficarem juntas o dia todo, talvez Beatriz tenha sentido muito mais a ausência e chorou demais. Minha mãe teve que ficar do lado o tempo todo, durante uma hora.
3º dia:
Tudo indica que ela já está entendendo o processo - e eu também! Fiquei duas horas esperando numa sala onde ela tinha acesso e podia me procurar caso sentisse minha falta. Então toda vez que ela chorava tinha a liberdade pra vir ao meu encontro. Esse processo foi feito para que ela sentisse confiança na escola, e saber que eu estaria lá para buscá-la. Os choros dela me cortavam o coração, mas eu sei que precisamos passar por isso.
4º dia:
Mais duas horas de adaptação, esperando numa sala. Neste dia o mais difícil foi aceitar que querer nem sempre é poder. Ouvir chorar e não poder dar aquele abraço de conforto, sem saber se comeu direito, se está tomando água, se está se divertindo. O jeito foi aguentar e confiar! Também foi um dia de apertar o coração... vi as tias cuidando da pequena e, por mais carinho que houvesse naquela cena, me dei conta de que era outra pessoa fazendo uma coisa 'minha', surgiu aquela sensação possessiva de 'ela é minha! Tira a mão dela! Assim ela vai gostar mais de você do que de mim!' Fato é que não, ela não vai! E volto com o pensamento de que é necessário passarmos por isso...
5º dia:
Deixei Beatriz na porta da escola e saí. Ela chorando de um lado, eu atravessando a rua e contendo meu choro do outro... Foi muito difícil não derramar uma gota de lágrima, mas o peito apertou angustiado, amedrontada... Realmente é mais dolorido para a mãe. Passei 1h40 fora, tentando não pensar - e aqui agradeço ao meu amigo Guilherme que tem uma loja do lado da escola e me fez companhia durante o período -, mas pegava o celular de tempo em tempo para me certificar de que não havia nenhuma ligação perdida. Voltei e não ouvi nenhum choro - ufa! Mas soube logo que ela chorou muito e sempre ia me procurar na sala que eu a esperava. Deixaram ela entrar no berçário e, não sei se o contato com os bebês ou o cansaço, parou de chorar.
Na próxima semana conto mais sobre a finalização do processo e algumas observações que fiz durante esses dias. Mas de antemão confesso que achava que o processo seria doloroso no início e depois ficava mais fácil, só que não!
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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Making my way through the crowd...
Mais uma vez agradeço o carinho do pessoal do Portal Bebê.com.br comigo! Publicaram mais um texto meu no Confessionário, e é um dos que eu mais gosto: O medo da maternidade!
Em outubro meu marido e eu demos início a uma nova saga neste novo mundo: a busca pela escola ideal.

A gente ouve MUITA coisa, indicações, restrições, absurdos e tanta bobeira que nos deixam perdidinhos. É tanta falação, mas tanta falação que atordoa e dá medo, muita insegurança.
Mas para tudo!!!!!!!!!!
Uma coisa a gente tem que aceitar: mãe é tudo igual, #sqn! Ou melhor, nem sempre! Eu percebi que o que era muito importante pra algumas mulheres não eram necessariamente o que outras mais valorizavam quando a questão era a educação dos filhos.
O que eu fiz? Selecionei algumas escolinhas indicadas - sim, porque é muito mais fácil quando alguém da sua confiança te passa segurança - fiz uma lista do que era importante para mim e, após cada visita, fui assinalando os pontos positivos e os negativos.
Na minha lista, minhas prioridades eram:
- Ver o tratamento das professoras com as crianças do local;
- Ter a percepção do tratamento das coordenadoras com relação a nós, pais. Ela tem que te passar a maior segurança e conforto;
- Se os ambientes eram gostosos, tinham opções de brinquedos, se eram educativos, se haviam aulas de música, dança, se teriam contato com ambiente externo;
- Prestar atenção na limpeza, no cuidado dos alimentos, da higiene;
- Se a escola contava só com o berçário e depois teria que passar novamente por todo esse processo.
Estas foram algumas coisas que eu listei que eram importantes, repito, pra mim. Cada um deve listar a sua prioridade e selecionar as escolas para avaliar tudo.
O que eu não levei tão em conta:
- Se o espaço externo tinha área verde. Esta é uma atividade que eu posso exercer com minha filha no clube, nos parques, na casa dos avós;
- Se tinha bebê ou criança chorando, porque eles choram mesmo. Sei que minha filha vai chorar também, o importante é saber se está tudo bem e se o choro não é por nada grave;
- Se a escola tem um ensino X, Y ou Z preparatório para isso ou aquilo. Enquanto ela pode, quero que minha filha seja estimulada a aprender, brincando, se divertindo, sem forçar a barra com o módulo tal que vai dar base pra ela estudar assim ou assado.
Leve em consideração as suas prioridades e os seus sentimentos, pesquise, tire um tempo para isso. Converse com outras mães, mas tenha em mente o que você acha melhor para seu filho.
Em duas escolas eu tive que levar a Bia para visitar junto e confesso que foi ótimo para ver o tratamento com ela! Isso também foi um dos motivos e o diferencial na minha escolha. As professoras pegaram, levaram pra brincar, colocaram com outras crianças, fizeram dela uma aluna, a envolveram e, com isso, me envolveram também.

Mas o mais importante foi ter saído com a sensação de 'aqui eu deixo minha filha'. É a segurança que você consegue depositar no local, nas pessoas. Eu, juntamente com meu marido, fizemos nossa escolha e em janeiro daremos início a essa nova fase que eu tenho certeza que será, além de importante, muito bom para nossa pequena.
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