quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

... and after all you're my wonderwall

Dando continuidade ao post anterior, vou falar sobre a segunda semana de adaptação da Beatriz na escola.

Quando voltei a trabalhar, meu combinado com minha mãe foi que ela ficaria com minha filha até o primeiro aniversário. Depois disso eu a matricularia na escola, a princípio por meio período e, dando tudo certo, colocaria no integral.

Na última postagem registrei os primeiros cinco dias da adaptação. Aqui seguem os dias seguintes.

6º dia:
Deixei Beatriz na porta da escola novamente... chorando, ela de lá, eu de cá. Ainda que estivesse com os olhos marejados, não deixei cair uma lágrima sequer, pois minha força seria muito importante naquele momento. Esperei por três longas horas e fui buscar. No portão já escutei seu choro e um aperto no peito. "Filha, já estou aqui... não chore", pensei em segredo. Quando entrei para pegá-la, me garantiram que aquele choro era só por causa de uma troca de fralda e que o resto do período ela ficou muito bem. E eu acredito! Uma porque trocar a fralda da Bia as vezes é uma missão difícil mesmo, outra porque se colocar muita minhoca na cabeça é pior.

7º dia:
Bateu insegurança, mas o trabalho ajuda a distrair. Pensar se aquilo é o certo, ideal e necessário é inevitável. Mas eu preciso passar por isso forte e mostrar para ela que está tudo bem e que eu volto para buscá-la sempre!

8º dia:
Uma reunião me impediu de levá-la naquele dia, deixando a função para meus pais (santos pais!!!)... Soube que ela chorou muito na porta da escola. Ninguém gosta de saber que o filho está chorando e o instinto maternal pede que você aja como uma leoa e proteja de qualquer mal. Mas neste caso não dá. Foi um dia em que desabafei com minha mãe da dificuldade que era passar por aquele processo e ela relatou: "todas nós passamos uma hora ou outra... eu tive que deixar vocês com quatro meses de vida". É por isso que insisto: precisamos ter muita força de vontade.

9º dia:
Já passou a ser normal deixá-la na escola e só voltar no horário normal para buscá-la. Parece que as coisas vão entrando no eixo, a situação passa a ficar dentro do normal.

Beatriz ainda chora quando a deixo na escola, mas quando volto ela está sempre com soninho e abre um sorrisão ao me ver. É uma delícia sentir que você é a proteção e a alegria de quem ama. Não é um processo fácil para os bebês e, menos ainda, para nós. Minha filha reagiu assim, dentro do esperado para quem recusa ir no colo de estranhos. Eu mantive minha força interna e a certeza de que aquilo era necessário para que não entrasse em paranoia. 

E confesso: muitos dos picos de choro também foram somados a insuportável mudança de humor causada pela minha TPM.

Dicas de mãe:
1- Ouvir o choro do bebê e não poder confortá-la é terrível, mas é preciso lembrar sempre que quem escolheu a escola foi você e que, por isso, você acredita que ela está com pessoas boas. Se você não tem confiança nas 'tias', não faz o menor sentido entregar seu filho a elas.

2- Quando não escutar o choro, a curiosidade para saber o que está acontecendo parece ainda maior! Mas é bom pensar que está rolando a maior farra!

3- Pensar se está com frio, com fome, com sede, fralda suja é normal. Preocupações de mães. O ideal é sempre deixar registrado para as cuidadoras alguns pontos que você considera importantes que elas observem.

4- No caso da escola da Bia, eu mando os alimentos pra ela consumir e na hora do lanche eles meio que dividem tudo entre a turminha (que é pequena). Então eu resolvi que sempre que puder, mando algumas coisinhas em quantidade maior para que todos que queiram frutinha ou um biscoito possam aproveitar também.

5- Se seu filho tem alguma restrição, deixe isso bem claro. É importante que a escola saiba exatamente sobre isso.

O mais importante é saber que cada criança reage de um jeito. A Bia não é de ir no colo de outras pessoas, então pra gente é um fator que causou certa dificuldade. Até pegar confiança leva um tempo, mas não desanimem nem fiquem com medo. O que quero passar pra vocês com tudo isso é que é preciso esforço dos dois lados e que eu acredito que vai valer a pena!


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