quarta-feira, 24 de maio de 2017

Conversa com Especialista: Autismo



Entender o autismo e detectá-lo é um processo importante para a família se adaptar a essa nova realidade. A partir do diagnóstico concluído, é preciso definir uma linha para o tratamento, para que a criança possa ser acompanhada desde cedo e seguir uma vida dentro do normal, sendo compreendida e respeitada.

Para conversar um pouco sobre o tema, convidamos a psicóloga Especialista e Mestranda em saúde da criança e do adolescente, Maísa Novaes Portella Checchia, da ABAcadabra, que respondeu algumas questões.




1. Quais os sinais para detectar o autismo em uma criança? O que os pais podem observar e quando se preocupar em procurar um especialista?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é transtorno do neurodesenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades na interação social, comunicação, comportamentos repetitivos e interesses restritos, podendo apresentar também sensibilidades sensoriais. 

Se caracteriza por um quadro clínico em que prevalecem prejuízos:
interação social;
nos comportamentos não verbais  (como contato visual, postura e expressão facial);
na comunicação (verbal e não verbal), podendo existir atraso ou mesmo ausência de linguagem; 
Comportamentos estereotipados;
Pode haver também ecolalia e uso de linguagem estereotipada. 

A partir dos 2 anos, os sinais ficam mais evidentes, quando já é possível fechar um diagnóstico ou suspeitar de algo com mais veemência, dessa forma, alguns médicos já indicam o inicio da intervenção o quanto antes.



2. Você segue uma linha para o tratamento do autismo, a ABA. O que é e quais os objetivos desse tipo de tratamento?

Terapia ABA, do termo inglês Applied Behavior Analysis (tradução Análise do Comportamento Aplicada) é advinda dá área da Psicologia Comportamental de Skinner (1904-1990). Envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível: comportamentos sociais, comportamentos acadêmicos, além de atividades da vida diária, como higiene pessoal. A redução de comportamentos como agressões, estereotipias e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo. 

Assim, os principais objetivos da ABA são:
ampliação de repertório (ou seja, instalar novos comportamentos principalmente nas áreas de linguagem, vida diária, brincar, socialização e interação com o outro);
minimização de repertórios disfuncionais (reduzir comportamentos como estereotipia, padrões de rotina e repetição);
inclusão social e generalização (programar para que o indivíduo generalize o que aprendeu para os ambientes sociais: comunidade em que vive, escola e demais contextos). 

3. Vocês trabalham exclusivamente com crianças? Qual a idade do mais jovem e do mais velho atendido no ABAcadabra?

O trabalho desenvolvido no ABAcadabra não é exclusivamente para crianças. Atendemos adolescentes e adultos também, apesar desse público ser menos predominante.
O mais jovem atendido na clinica iniciou o tratamento com 1 ano e 8 meses e o mais velho já avaliado tem 33 anos. Atualmente encontra-se em intervenção um adolescente com 13 anos e 11 meses.




4. Como funciona quando chega uma criança encaminhada para vocês?

As crianças são encaminhadas a nossa clínica por profissionais de áreas correlatas: Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais e Psiquiatras, por exemplo. 
Os pais são acolhidos em uma entrevista inicial em que trazem algumas informações da criança e apresentamos nosso trabalho.
A partir dai inicia-se a avaliação comportamental composta pelas seguintes etapas:

Preenchimento da Anamnese;
Observação Domiciliar;
Observação Escolar;
Reunião Pedagógica;
Aplicação de instrumento para rastreio de habilidades;

5. O atendimento é apenas em Campinas? As psicólogas vão até a casa dos atendidos ou é feito apenas no consultório?

Atualmente o ABAcadabra atua em Campinas e região. O atendimento é realizado sempre na casa da criança, respeitando o ambiente natural dela. É primordial manter as sessões em domicilio pois é o local em que a criança emite os comportamentos mais variados e que são as queixas dos pais. As terapeutas podem assim, orientar no momento da ocorrência do mesmo, como intervir de modo adequado à essas situações. 

6.   Quem quiser conhecer mais sobre essa intervenção, onde procurar?

As pessoas que quiserem conhecer mais sobre essa intervenção, podem entrar no nosso site www.grupoabacadabra.com.br ou pelo e-mail contato@grupoabacadabra.com.br;




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