terça-feira, 12 de abril de 2016

Mudança de escola





Bia iniciou na escolinha quando tinha um ano. Ia meio período e foi uma das melhores decisões que tomei. Durante um semestre todo, foi nossa rotina: eu a levava para minha mãe de manhã, voltava para almoçar, arrumava lanche, uniforme e a levava para a escola. No fim do dia ia buscá-la.

Quando chegou o meio do ano, precisei colocá-la integral. Foi sofrido, mas descobri que ela ganhou uma rotina melhor, se desenvolveu mais ainda e as noites melhoraram muito!

Porém... e sempre tem um porém... estava ficando pesado bancar aquela escola maravilhosa todo mês. Praticamente metade do salário estava indo embora. "Ah, mas é a educação da sua filha, é prioridade". Prioridade para mim era minha filha estar bem cuidada, num ambiente gostoso, com pessoas boas ao redor dela, se divertindo, aprendendo na base da brincadeira. Isso ela realmente tinha lá. Mas também é algo que ela podia ter em qualquer outro lugar.

Foi um segundo semestre difícil, chorei muito. Visitei novas escolas. Tentei diversas vezes conversar na escola dela. Até que fui conversar com o responsável do financeiro, que pelo visto era a única pessoa que poderia me ajudar. Só que ele me falou umas bobagens e me fez ter a maior segurança de que o melhor era eu trocar minha filha.

Chorei mais ainda. O carinho que eu tenho pelas tias que cuidaram da minha filha, a tristeza nos olhos delas ao saber que Bia sairia no ano seguinte e o choro da primeira professora quando me despedi foram a minha certeza de que minha filha era amada e faria falta. Assim como todas aquelas moças que participaram da vida dela eram especiais demais pra gente. São tias que nunca vou esquecer e vou fazer questão de falar pra Bia desse primeiro ano escolar.

No último dia de aula escrevi uma carta como se fosse a Bia, agradecendo todas por tudo. Eu não posso ler essa carta ainda, porque eu choro compulsivamente, tamanha minha gratidão por essas pessoas que passaram por nossas vidas e fizeram a diferença.

O melhor foi saber que o último bilhete na agenda foi uma resposta de cada tia, demonstrando todo carinho que ela recebia lá dentro, onde eu não conseguia ver, ouvir, mas me dava segurança de que ela estava num bom lugar. 

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